×
Feira de Santana / 04 de dezembro de 2024 - 05h 00m

Mãe denuncia episódio de racismo em escola particular de Feira de Santana: ‘Dê seu jeito’

Mãe denuncia episódio de racismo em escola particular de Feira de Santana: ‘Dê seu jeito’
Foto: Reprodução
Compartilhamento Social

“Escurinho tudo se parece”. Essa foi a frase proferida por uma mulher em uma escola particular de Feira de Santana, durante um episódio racista, que terminou em agressão verbal e física. É o que denuncia a cirurgiã-dentista Nayane Barreto.

Tudo começou quando, ao se dirigir, como de costume, para buscar o seu filho na escola, encontrou a criança largada sozinha, aos prantos. Questionando o que havia ocorrido, o menino contou que a mãe de uma colega o havia seguro pelo braço e arrastado até o local, deixando-o sozinho.

O suposto motivo teria sido por ter pegado um brinquedo das mãos de uma criança branca, fato que foi constantemente negado pelo aluno, que chegou, inclusive, a dar detalhes de como a situação ocorreu.

Ao tomar conhecimento de quem teria cometido a agressão, a mãe da vítima se dirigiu até a agressora para entender os fatos. Para sua surpresa, a mulher confirmou que realmente puxou o menino pelo braço, como forma de “lição”.

“Quando eu cheguei e a gente achou a mãe, eu falei assim: ‘meu filho está dizendo que você pegou ele pelo braço, que você levou ele para os achados e perdidos, o que é que está acontecendo?’. Ela falou: ‘Peguei ele mesmo. Dê seu jeito’. Ela falou na minha cara e na da professora. E eu falei ‘eu estou delirando, acorda. Pesadelo’”, contou a dentista.

Em um vídeo, divulgado nas redes sociais, a mãe da vítima conta que o seu filho havia mostrado quem seria o colega que pegou o brinquedo, uma criança também negra. Ali se iniciava mais um ato racista. “Quando eu falei sobre Gustavo, que é preto igual o meu filho, ela falou: ‘escurinho tudo se parece”.

Revoltada com o ocorrido, Nayane Barreto conta que a escola particular em nenhum momento lhe ofereceu qualquer tipo de assistência, inclusive se recusando a registrar o crime em ata de reunião.

“A cereja do bolo é que a escola em momento nenhum me ofereceu nenhum tipo de suporte. Não perguntou como o meu filho estava, não se preocupou com o meu filho. Só se preocupou em fazer reuniões para que ela se cobrisse judicialmente. A impressão que eu tive foi essa”, relatou ela.

Ao procurar a coordenadora da instituição, a mãe foi orientada apenas a se acalmar, ainda ela não era “assim”. Após ouvir a vítima e a agressora, a escola marcou uma nova reunião, informando que a acusada teria se emocionado e demonstrado arrependimento. “Ela não foi só racista. Ela agrediu meu filho. Ela pegou meu filho pelo braço, mesmo ele chorando. Ela foi racista com uma criança”, desabafou a dentista.

A escola, localizada em um bairro nobre de Feira de Santana, ainda não se pronunciou oficialmente até o momento. O vídeo já passa de 119 mil visualizações até o momento, apenas em uma rede social.


Compartilhamento Social

Histórico

2019
set | ago | jul | jun | mai | abr | mar | fev | jan
2018
dez | nov | out | set | ago | jul | jun | mai | abr | mar | fev | jan
2017
dez | nov | out | set | ago | jul | jun | mai | abr | mar | fev | jan
2016
dez | nov | out | set | ago | jul | jun | mai | abr | mar | fev | jan
2015
dez | nov | out | set | ago | jul | jun | mai | abr | mar | fev | jan
2014
dez | nov | out | set | ago | jul | jun | mai | abr | mar | fev | jan
2013
dez | nov | out | set | ago | jul | jun | mai | abr | mar | fev | jan
2012
dez | nov | out | set | ago | jul | jun | mai | abr | mar | fev | jan
2011
dez | nov | out | set | ago | jul | jun | mai | abr | mar | fev | jan
2010
dez | nov | out | set | ago | jul | jun | mai | abr | mar | fev | jan
2009
dez | nov | out | set | ago | jul | jun | mai | abr | mar | fev | jan
2008
dez | nov