Vereador reclama de cobrança dos eleitores e diz que salário durou apenas 5 dias

Vereador pode propor leis, fiscalizar e cobrar pedir ações do Executivo, mas não têm o poder de “executar diretamente qualquer obra ou prestar serviços públicos, asfaltar ruas, distribuir medicamento ou construir moradia”. O esclarecimento é do vereador Ismael Bastos (PL), que, na sessão na Câmara Municipal, falou sobre as atribuições do cargo, esclarecendo às pessoas que “ainda têm uma percepção equivocada dos deveres do legislador municipal, o que gera cobranças que extrapolam as nossas competências legais”.
Mesmo quando indica soluções ao Poder Executivo, amparado na Lei Orgânica, para demandas ou problemas existentes, registra, não há garantia de que o pedido seja acolhido: “As pessoas criam uma expectativa enorme e, quando não são atendidas, acham que o vereador não faz nada”.
Em seu primeiro mandato, ele reclamou ainda de ter gasto o salário de R$ 26 mil em apenas cinco dias. “Foram 5 dias apenas e não foi gasto comigo. Se a gente não tiver cuidado nosso próprio salário acaba não ficando com a gente”
Ismael ainda disse que muitos cidadãos buscam apoio dos vereadores para conseguir emprego ou resolver problemas urgentes. No entanto, ele destaca que nem sempre os parlamentares podem ajudar. Em alguns casos, é possível apenas orientar ou disponibilizar algum profissional da equipe de assessores para tirar dúvidas. “Eu não tenho emprego, não sou empresário, por eu não ter emprego não tenho como dar o que não tenho”, explicou.