Galeria Carlo Barbosa recebe nova exposição sobre paisagens urbanas

Com uma iconografia feita de recortes de revistas, livros e vestígios de cidades, Bernardo constrói imagens que não escondem a desordem, mas a revelam como parte fundamental do presente. Suas obras expõem fissuras, interrupções e restos, questionando: o que brota nos escombros de um mundo em crise?
Feira de Santana não é apenas o cenário da exposição, mas um território simbólico – onde progresso e degradação se misturam, e onde o concreto é invadido pela vegetação que insiste em crescer. A curadora Janayna Araújo destaca que o trabalho de Bernardo “não oferece uma imagem pacificada do urbano, mas zonas de instabilidade, onde apagamento e presença coexistem”.
A mostra dialoga com pensadores como Nego Bispo e Mark Fisher, propondo uma reflexão sobre o colapso do imaginário urbano e as possibilidades de resistência que surgem nas frestas. “Não se trata de representar a paisagem, mas de interrogá-la”, define a curadoria.