A Justiça da Bahia prorrogou, por mais cinco dias, as prisões temporárias do empresário feirense Oyama Figueiredo — ex-presidente da Câmara Municipal de Feira de Santana — e de outros seis investigados na Operação Sinete, deflagrada para desarticular um suposto esquema de grilagem de terras na região. Além dele, duas filhas e um filho também foram presos na ação. Oyama é um empresário bastante conhecido em Feira de Santana e figura tradicional no cenário local.
A decisão foi assinada neste domingo (30) pela juíza Sebastiana Costa Bomfim, da 2ª Vara Criminal, que considerou a prorrogação essencial para o avanço das investigações. Segundo a magistrada, a eventual soltura dos investigados neste momento representaria risco à colheita de provas, possibilitando destruição de documentos, comunicação entre membros do grupo e eventual rearticulação da organização criminosa sob suspeita.
A Operação Sinete apura a atuação de uma organização criminosa estruturada para praticar grilagem de terras, falsificação de documentos públicos, lavagem de dinheiro e corrupção em Feira de Santana e em municípios vizinhos. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) também se manifestou favorável à prorrogação das prisões, destacando a complexidade do material apreendido e o risco de interferência dos investigados no curso das investigações.