‘O dinheiro foi para onde?’: José Carneiro exige apuração rigorosa de suposto desvio em reforma do prédio anexo da Câmara

O imbróglio envolvendo o prédio anexo da Câmara Municipal de Feira de Santana segue dando o que falar entre os vereadores e caminhando para um processo de judicialização, após sucessivos atrasos e divergências apontadas no contrato com a empresa responsável.
No início desta semana, o líder do legislativo, vereador Marcos Lima (União Brasil) participou de audiência junto ao Ministério Público (MP) para discutir a situação da obra, que foi iniciada ainda na última legislatura, sob sob a presidência da vereadora Eremita Mota (PP).
Em entrevista ao Blog do Velame, o líder do Governo, José Carneiro (União Brasil) fez duras críticas à reforma: “Esta celeuma que aconteceu com a obra do prédio anexo já vem de longas datas. A gestão passada foi responsável por uma reforma naquele prédio, que eu entendo ser apenas na fachada. Até disse ao presidente (Marcos Lima) que ele deveria abrir aquele prédio para visitação pública porque a sabedoria, ou a malandragem, foi tão grande que fizeram uma fachada linda, toda espelhada, mas abriu ali só está o oco”.
Após realização de auditoria contratada pela Presidência da Casa da Cidadania, divergências na importância de R$ 1,4 milhão teriam sido registradas, entre valores pagos e os serviços efetivamente cumpridos pela empresa.
Desde novembro do ano passado, as obras seguem paradas. Enquanto isso, os parlamentares registram dificuldades para o atendimento à população. É o caso do próprio líder do Governo, que afirmou ter sido preciso locar uma sala no centro da cidade, para o funcionamento do gabinete.
Ainda ao blog, José Carneiro defendeu uma rigorosa apuração do contrato firmado, sugerindo que o presidente da Câmara apresente ao MP os levantamentos realizados pela auditoria, para a devida responsabilização dos envolvidos .
“Aquela obra foi orçada em R$ 5,8 milhões e não terminaram. O presidente Marcos Lima foi ao Ministério Público e, consequentemente, levou um relatório feito aqui na Câmara por uma empresa, e constatou-se que R$ 1,4 milhão foi pago à empresa indevidamente. Ele tem que encaminhar esse relatório para a Justiça tomar uma decisão. Afinal, esse dinheiro foi para onde? Se pagou indevidamente, pagou a quem? Essa pessoa que recebeu vai ter que ser responsabilizada. O que não pode é continuar como está. Alguém tem que ser responsabilizado pelo desvio de R$ 1,4 milhão”, concluiu o edil.