Prefeitura de Feira promete exame que detecta Covid-19 em todos pacientes com síndrome gripal
Todas as pessoas que apresentarem síndrome gripal serão submetidas ao exame PCR, considerado ultrassensível e que pode ser feito logo nos primeiros dias dos sintomas relacionados à Covid-19. Síndrome gripal, explica Melissa Falcão, que coordena o Comitê de Acompanhamento do Coronavírus em Feira de Santana, é febre associada a outro sintoma respiratório, como dor de garganta, nariz entupido ou coriza. Melissa Falcão diz que o PCR, feito com amostras de secreções respiratórias retiradas do nariz e da garganta por swab – espécie de bastonete gigante, é o exame, não invasivo, que comprova a infecção nos dias iniciais. A infectologista explica que teste rápido se mostra eficiente quando a doença está instalada no organismo há mais de uma semana. Mesmo que não tenha febre – situação mais comum entre os idosos – mas que apresente ausências de paladar ou de olfato, sintomas característicos para a infecção por Covid-19, a pessoa poderá fazer o PCR. O exame pode ser feito nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h), policlínicas e na Vigilância Epidemiológica. “A ampliação do PCR independe de gravidade ou necessidade de internamento”, afirmou Melissa Falcão. Ela disse considerar a notícia como muito boa. “Porque a gente já vem tentando (o exame) há um tempo prolongado”.
No dia da Mulher Negra, conheça a origem e as reflexões que a data traz
Dandara Barreto
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No dia 25 de julho, é comemorado o dia da Mulher Negra. A data foi instituída no Brasil em 2014 e foi inspirada no dia da mulher afro-latina-americana e caribenha (dia 31 de julho) e é também o dia nacional de Tereza de Benguela, uma líder quilombola que ficou conhecida como “Rainha Tereza”. Viveu no Vale do Guaporé, no Mato Grosso e liderou o Quilombo de Quariterê após a morte de seu companheiro, José Piolho, morto por soldados. Segundo documentos da época, o lugar abrigava mais de 100 pessoas, com aproximadamente 79 negros e 30 índios. O quilombo resistiu da década de 1730 ao final do século. Tereza foi morta após ser capturada por soldados em 1770.
A figura de Tereza ilustra a resistência da mulher negra no Brasil, que desde sempre foi marcada pela opressão.
Apesar de vivermos em um país com uma maioria de negros e mulheres, as mulheres negras permanecem sendo as mais exploradas e negligenciadas socialmente e para constatar esta realidade, basta olhar ao redor. Os números oficializam as estatísticas. No país, elas são 55,6 milhões, chefiam 41,1% das famílias negras e recebem, em média, 58,2% da renda das mulheres brancas. Quando o assunto é violência, os dados não são nada animadores. De acordo com o atlas da violência 2019, foram registrados 4.936 assassinatos de mulheres em 2017, sendo que 66% das vítimas são negras, mortas por armas de fogo e em boa parte das vezes, dentro de casa.
Na política, a representatividade é muito pequena. No Congresso Nacional, apenas 2% são mulheres negras e de acordo com uma pesquisa divulgada pelo Brasil de Fato, um quarto dos municípios brasileiros nunca elegeu uma mulher negra como vereadora.
Para a professora, mestre em diversidade cultural e ativista do movimento negro, Andreia Araújo, a data não é apenas celebrativa, ela relembra um histórico de luta para ocupar determinados espaços na sociedade e por sobrevivência.
“A necessidade de promover reflexões e ações para retirar a mulher negra deste lugar de subalternidade e de sub-cidadania, de negação de direitos básicos. A gente tem conseguido avanços importantes através dessa luta, mas ainda não alteramos estas estruturas e não conseguimos tirar as mulheres destes espaços”.
Andreia pontua que a invisibilidade da mulher negra é histórica e determinada por um projeto de poder, a partir do momento em que não há políticas publicas para assistir a este contingente tão grande da população.
“A nossa luta enquanto mulheres, ativistas e articuladoras é para que a mulher negra não seja lembrada apenas em datas como estas ou para falar apenas sobre os problemas das condições de mulher negra, mas que sejamos reconhecidas em todos os nossos espaços e em todas as nossas áreas de atuação. Que não estejamos restritas às portas dos fundos e aos elevadores de serviço”.
Andreia lembra que para que haja mudança efetiva com relação a este grave problema social, é preciso que ele seja encarado como algo coletivo e não apenas um problema pontual da mulher negra.
“É importante o reconhecimento da sociedade como um todo, no reconhecimento dos seus privilégios. Não basta a mulher negra lutar sozinha, é preciso que todos reconheçam que vivemos numa sociedade desigual e que desigualdade não é bom para ninguém. Não existe lado de fora, estamos todos implicados na mesma sociedade, na mesma comunidade, na mesma necessidade de direitos e deveres, então, a gente luta por igualdade”. Conclui.
Prefeitura de Feira divulga mais uma lista de casos de Covid-19 por bairros
A Prefeitura de Feira de Santana, através da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, divulgou através do boletim epidemiológico desta sexta-feira, 24, a relação de casos de Covid-19 por bairros e localidades. O Tomba segue liderando a lista pela segunda semana consecutiva, com 418 casos confirmados. Na sequência aparece o bairro SIM, com 408; Mangabeira com 245 e Campo Limpo com 228. A Prefeitura tem intensificado ações visando reduzir o aumento da contaminação nestas localidades que apresentam maior número de casos. A lista foi elaborada pela Vigilância Epidemiológica conforme informações passadas pelos próprios pacientes, inclusive em relação a denominação das localidades. Clique AQUI para ver a lista completa.
Prefeitura libera funcionamento de autoescolas, cursos profissionalizantes e de idiomas
Dandara Barreto
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No caso das autoescolas, além de disponibilizar álcool em gel (70%) aos seus clientes e equipamentos de proteção individual (EPI) para os funcionários, os veículos deverão passar por desinfecção a cada aula.
Prefeitura autoriza abertura do Shopping Popular
A Prefeitura de Feira de Santana autorizou os comerciantes de rua cadastrados na Settdec (Secretaria de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico) a ocupar seus espaços de vendas no Centro Comercial Popular. A autorização está relacionada às medidas de combate à expansão da Covid-19. Serão adotados os mesmos protocolos de segurança aplicados em shoppings centers e galerias. Também considera o avanço das obras de requalificação do centro comercial da cidade – Projeto Novo Centro. Todos os setores e atividades autorizados a funcionar deverão adotar os procedimentos de segurança, distanciamento humano, uso de máscaras e de higienização, expedidas pelas autoridades sanitárias competentes, inclusive pela OMS (Organização Mundial de Saúde). O descumprimento das medidas estabelecidas pelo Governo Municipal e autoridades sanitárias será caracterizado como violação à legislação municipal e sujeitará o infrator às penalidades e sanções aplicáveis. A FPI (Fiscalização Preventiva Integrada), através dos órgãos que a compõem, fica responsável em fazer cumprir os Decretos relativos à situação de Calamidade Pública de Saúde em decorrência da COVID-19, no que tange à fiscalização dos espaços públicos locais. Fazem parte da FPI as secretarias de Prevenção à Violência, através da Guarda Municipal e da Defesa Civil; de Saúde; de Meio Ambiente; além de Serviços Públicos, Procon, SMTT, SMT e a Settdec.
PERSONAGENS DE FEIRA: A digital influencer que tem conquistado os jovens feirenses
Por João Guilherme Dias
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Para ela, lembrar do passado – que nem é tão distante assim – é ver que tudo valeu a pena. Ela? Júlia Mel Sena Lopes de Santana ou simplesmente Júlia Mel, uma digital influencer feirense de 18 anos, que já conta com quase 13 mil seguidores no Instagram.
Julia estreia uma série de reportagens do Blog do Velame com o tema “personagens de Feira”, onde a cada semana, um convidado será entrevistado esclarecendo dúvidas, dando dicas, contribuindo com o seu conhecimento acerca dos temas propostos.
Os influenciadores são um fenômeno na internet porque tem capacidade de lançar tendências, mudar opiniões e comportamentos. A influenciadora feirense faz parte de um grupo chamado de microinfluenciadores, que são os influenciadores digitais que têm entre 10 mil e 100 mil seguidores em seus canais ou redes sociais.
A feirense começou nas redes sociais bem cedo, aos 13 anos já tinha um blog com algumas amigas, era só uma brincadeira, mas hoje, as redes sociais de Júlia viraram coisa séria, e Instagram ela já conta com muitos fãs. No perfil, Júlia produz conteúdo sobre moda, maquiagem, beleza e dá dicas de séries e filmes. Ela conta que tenta diversificar ao máximo as coisas que diariamente posta. “Eu tento manter uma plataforma bem diversa pra agradar vários públicos e de diferentes idades”.
Estudante de direito da UEFS, ela ainda não vive exclusivamente do que posta. “Eu moro com meus pais ainda, porém as minhas despesas pessoais sou eu que arco. Estou deixando as coisas acontecerem. Vou para faculdade de direito, estou aguardando a Uefs voltar, pretendo no futuro conciliar as duas áreas”, contou.
Julia acredita que o caminho para se tornar uma influencer com sucesso financeiro é lento. “E é aquela coisa não é da noite por dia que você vai conseguir uma renda “perfeita”, é uma caminhada bem lenta pra isso”. Para ela, os amigos e seguidores são parte importante desse processo. “É uma rede de apoio muito significante, eles são simplesmente incríveis”, explica a ruiva.
Durante a entrevista, Júlia se mostrou muito agradecida a quem separa um tempo pra consumir o conteúdo que ela produz. “A maioria do meu público está entre os jovens, eles são bem fiéis, uma galera que dá muita opinião, eu faço conteúdo pensado no que eles querem ver, não tenho o que reclamar dos meus seguidores”, comemora.
Reinventar. Com essa palavra, é possível descrever o perfil de Júlia Mel no Instagram durante a pandemia do novo coronavírus, a feirense conta que com mais tempo livre, ela conseguiu colocar em prática algumas mudanças que ela pretendia realizar em suas redes sociais. Júlia ressalta que tem estudado bastante para apresentar um conteúdo de qualidade, passou a produzir vídeos e, claro, deu aquela organizada no feed.
https://www.instagram.com/p/CC1ziijhVlV/?utm_source=ig_web_copy_link
Como o seu público é na maioria jovem, a digital influencer destaca que tem ciência da responsabilidade nos conteúdos compartilhados. “Sei que eu tenho um papel social com 5, 10 ou 100 mil seguidores, eu sei da minha responsabilidade, por isso, tento produzir conteúdo que as pessoas possam levar para a vida toda”, disse.
Sobre o cenário para as “influencers de Feira”, Julia acredita que muitas não são valorizadas como deveriam. “É um cenário bacana, tem muita gente boa que cria conteúdo, mas, eu acho que as pessoas daqui mesmo não dão tanta relevância, sabe? Tem muitas pessoas produzindo conteúdos muito, muito bons. Feira tem muita gente boa, só falta as pessoas conhecerem, buscarem mais, valorizarem mais”.
Apesar de gostar do que faz, ela reconhece desafios. “Por trás dos rostos bonitos e felizes nos stories tem um bastidor bem cansativo, não é só colocar e tirar roupa, tem que ser criativo pra ter ideias diferentes, roteirizar, gravar, editar, na hora de postar tem a preocupação com a estética… são muitas coisas que depois do resultado passa batidos”, revela.
O que Julia mais gosta de em Feira? “Acho que a melhor coisa de Feira é o aconchego, de se juntar com os amigos na casa de um deles, tomar um açaí na São Domingos, sair à noite pra jantar. Feira tem aquele aconchego de interior, mas com um boa infraestrutura. Pra feira ser perfeita só faltou uma praia, seria meu sonho”.
Se você ainda não seguiu, pode acompanhá-la através do seu perfil no Instagram, @julia.mel
Café das 6 – 24 julho 2020
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ENTREVISTA: Ativista espera rapidez da Prefeitura na implantação da Lei Aldir Blanc
Elsimar Pondé
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Um dos fundadores do Fórum Permanente da Cultura, há quase 10 anos, Joilson Santos tem intensa atuação no segmento cultural em Feira de Santana e em toda Bahia.
Produtor do Feira Noise Festival, um dos mais importantes festivais independentes do Nordeste, ele também é músico e um dos responsáveis pela produtora cultural Banana Atômica.
Na condição de agente com longa experiência na cidade, Joilson enfatiza o papel que a articulação do segmento cultural tem alcançado ao longo dos últimos anos e diz esperar que haja rapidez por parte do poder público para implementar a Lei Aldir Blanc. Nesta sexta tem Audiência Pública para tratar do assunto.
Sobre a postura que o novo secretário de Cultura, Joilson observou ao Blog do Velame que ainda é muito cedo para fazer uma avaliação, mas diz que Jair Carneiro Filho pelo menos tem demonstrado disposição para dialogar.
1 – Quais são suas expectativas e do Fórum com relação a Audiência Pública desta sexta?
As expectativas são que as coisas comecem a andar com mais celeridade a partir de hoje. O cadastro municipal tem vários problemas que precisam ser corrigidos e por isso foi proposto este encontro. É preciso corrigir esse gargalo que tem sido o cadastro, mas é preciso maior velocidade na execução dessas mudanças e também de outras demandas que a lei exige do governo municipal para o repasse dos recursos.
2 – Qual é a medida mais urgente hoje, no que diz respeito a implantação da Lei Aldir Blanc na cidade?
A lei Aldir Blanc veio neste contexto de pandemia, é uma lei de emergência que tem intuito de socorrer os agentes culturais sem trabalho desde março. Então vários aspectos são urgentes, precisamos implementar o comitê gestor que vai acompanhar e construir junto com a Secel todo esse planejamento de ações para garantir que os recursos da lei cheguem para as pessoas. Mas também é necessário que se divulgue com mais força o cadastramento, também se inicie as discussões sobre editais e todas as outras formas previstas na lei para repasse destes recursos.
3 – Na sua compreensão qual é o nível de articulação que o segmento cultural tem hoje em Feira e de que forma ele pode colaborar no enfrentamento a essa crise imensa?
Feira tem diversas dificuldades históricas no que diz respeito a política cultural na cidade, várias ações, demandas do Sistema Municipal de Cultura estão paradas ou foram deixadas de lado pela Prefeitura, mas nenhuma dessas demandas foram abandonadas por falta de articulação da sociedade civil, na verdade foram justamente essas articulações que a quase uma década tem partido inclusive deste Fórum Permanente de Cultura que diversas dessas demandas foram tocadas, ganharam corpo e sinalizaram que era possível ter em nossa cidade políticas públicas importantes para desenvolvimento do setor.
Por falta de vontade política diversas delas estão paradas, mas o que foi conquistado foi fruto dessa articulação que em um momento de crise como este não se furtou de agir, mesmo com toda essa questão da pandemia, o setor buscou solução, se articulou e estamos tocando o Fórum com muita força e com envolvimento de representantes de diversos setores da cultura.
Essa articulação segue mobilizando as pessoas e também buscando diálogo com o poder público para que a Lei consiga em Feira de Santana ser este alento e auxílio para as trabalhadoras e trabalhadores da cultura de nossa cidade.
4 – Como você tem avaliado os primeiros passos no novo secretário de Cultura? Vocês esperam muitas mudanças na estrutura da pasta?
Ainda é cedo para fazer alguma avaliação do novo secretário, estamos com uma semana da posse dele, mas ele tem se mostrado aberto ao diálogo e isso é fundamental, mas também é preciso que ele entenda a urgência do momento e que a Secel já perdeu muito tempo inclusive com essa mudança de gestão. Precisamos agir rápido para que Feira não fique entre as últimas cidades a receber os recursos e principalmente para que essa ajuda não demore a chegar a quem mais precisa.
É sempre importante lembrar que o setor cultural foi o primeiro a parar deixando sem atividade e fonte de renda milhares de trabalhadores da cadeia produtiva da cultura, técnicos, produtores, artistas, espaços culturais diversos, enfim, é um setor econômico importante e que está parado e sem perspectiva de retorno. É preciso entender isso e partir para ação. Quanto a mudanças estruturais, existem muitas que são necessárias na pasta, mas só o tempo vai dizer se serão realizadas ou não.
5 – Mesmo diante de tantas incertezas, como você vislumbra o que virá adiante. As ações culturais, como o Feira Noise, por exemplo, deverão ser construídos de que forma?
Existe muita incerteza principalmente para nós que atuamos em espaços que tem aglomeração como fator primordial para desenvolvimento de ações. Existem vários debates e discussões e alguns caminhos estão sendo apontados, no caso dos festivais por enquanto a saída é fazer ações online e acredito que por enquanto não há outro caminho, mas estamos buscando soluções para que a experiência do festival também seja compartilhada de forma mais ampla nesse formato online.
Alguns festivais tem realizado ações bem interessantes e estamos atentos e pensando também em como fazer uma edição neste formato em 2020 e torcendo para que 2021 ou 2022 a gente consiga fazer com segurança uma edição incrível e presencial.
Com 26 funcionários infectados, Policlínica Regional interrompe atendimento em Feira
A policlínica regional de Feira de Santana, que fica localizada ao lado do Hospital Geral Clériston Andrade, ficará fechada por 14 dias, a partir desta quinta-feira (23), para que 26 funcionários que testaram positivo para o novo coronavírus fiquem em isolamento domiciliar. As policlínicas suspenderam as atividades em toda a Bahia no início da pandemia de Covid-19 como forma de conter o avanço da doença.
De acordo com nota enviada pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB), por entender que as unidades oferecem serviços essenciais para a população, os Consórcios de Saúde avaliam periodicamente o cenário epidemiológico visando a reabertura. As decisões de reabertura ou não ocorrem nas Assembleias com os prefeitos ou seus representantes. E após reaberto, como critério de monitoramento, as equipes que atuam nos equipamentos, incluindo agentes de segurança e motoristas, são submetidos a exames para detecção do vírus a cada 15 dias.
“Toda a região de Feira de Santana apresentou um aumento no número de casos nas últimas semanas e isso reflete também entre os funcionários, que se deslocam todos os dias para suas residências e convivem com outras pessoas. Como desses 26 a maior parte compõe as equipes de enfermagem e radiologia, o funcionamento da policlínica ficou limitado e o consórcio de saúde da região optou pelo fechamento total da unidade por 14 dias, retornando após o fim da quarentena dos funcionários”, explica Joana Molesini, coordenadora de gestão regionalizada da Secretaria da Saúde (Sesab).
Com informações da SESAB
Aplicação de Lei Aldir Blanc em Feira será discutida em Audiência Pública
Elsimar Pondé
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Em meio ao cenário de extrema dificuldade que a classe artística tem enfrentado desde março, quando teve que suspender suas atividades por causa da pandemia do novo coronavírus, a Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer realiza nesta sexta (24), às 15 horas, uma audiência pública online, com a participação de representantes dos segmentos culturais, para tratar sobre a Lei Aldir Blanc.
A audiência pública será conduzida pelo secretário Jairo Carneiro Filho, que assumiu a pasta há pouco mais de uma semana, através da plataforma Microsoft Teams, e o link estará disponível no mesmo dia a partir das 12 horas na página principal da prefeitura.
A Lei Aldir Blanc tem como objetivo central estabelecer ajuda emergencial para artistas, coletivos e empresas que atuam no setor cultural. O montante geral de recursos para todo o Brasil será de 3 bilhões de reais e para Feira de Santana, algo em torno de 3,79 milhões.
O secretário Jairo Carneiro Filho ressalta a importância da participação dos segmentos culturais durante a audiência pública, tendo como foco principal, detalhamento e aplicabilidade da Lei Aldir Blanc e da criação do comitê gestor em Feira de Santana.
O Fórum Permanente de Cultura, que há cerca de um mês tem levantado questões relacionadas à Lei, já confirmou presença na Audiência Pública.
Médico diz que situação da Covid-19 pode se agravar com a abertura do comércio de Feira
Dandara Barreto
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O médico intensivista e coordenador das UTIs do Hospital Geral Clériston Andrade, Lúcio Couto criticou o clima de normalidade na cidade, gerado pela reabertura do comércio. Para ele, o fato de haver mais leitos disponíveis na cidade, embora seja uma boa notícia, não pode nos colocar nesta situação de normalidade. A demanda de leitos de UTIS tem sido muito grande dia após dia. Cerca de 7 novos leitos são solicitados pela central de regulação do estado todos os dias.
“Essa suposta normalidade vai acabar assim que todos os leitos forem ocupados e pelo cenário que está desenhado, isso não vai demorar a acontecer”. Afirma o intensivista.
Desde que a pandemia do Novo Coronavírus chegou ao Brasil, as medidas de restrições foram impostas em todo o país a fim de evitar o temido colapso na saúde, que já oferecia um serviço precário à população. O coordenador das UTIs do Hospital Geral Clériston Andrade, disse que não se deve pensar apenas no colapso do sistema de saúde da cidade, por que o cenário é ruim ainda que não cheguemos a este extremo.
“Nós temos que pensar num cenário de ocupação plena de leitos de UTIs, mas também no esgotamento de recursos e insumos. O Brasil vem passando por um déficit generalizado de drogas para sedação de pacientes que estão nos leitos e fazendo uso de ventilador mecânico. Na hora que estas drogas faltam, a gente precisa fazer malabarismo. As pessoas ficam tranquilas, achando que estamos distante do colapso, mas na verdade, estamos distante do pior cenário, que já é terrível antes mesmo de colapsar”.
Essa semana, a Secretaria Municipal de Saúde divulgou a informação que houve uma diminuição de 30% nos casos registrados na cidade e chegou a afirmar que já passamos pelo pico da epidemia, atingindo uma estabilidade.
Lúcio Couto questiona estes dados baseado no volume de testagem que vem sendo realizada na cidade e diz que o volume de pacientes críticos não foi reduzido.
“De acordo com a vivência de quem está na linha de frente, eu posso afirmar que não há uma maioria de doentes que chegam a um estágio crítico da doença, mas, seguramente, afirmo que não houve redução alguma no volume da demanda por leitos. Desde que esta UTI foi aberta, no dia com menor demanda, admitimos 6 pacientes. Por tanto, ainda não é hora de comemorar a abertura do comércio e ir para a rua como se nada tivesse acontecendo”. Alerta o médico.
Ainda segundo o médico intensivista, os pacientes com Covid-19 ficam internados na UTI entre 14 e 21 dias. Número que supera e muito a média de dias das outras doenças, que normalmente, é de 7 dias.
O Hospital Geral Cleriston Andrade 2, que completou uma semana de funcionamento nesta quarta-feira (22), já tem quase 60% de ocupação nos leitos de UTIs. A unidade de saúde entregue pelo Governo do Estado, está funcionando com 40 leitos de UTI específicos para Covid-19. Antes da inauguração, outros 10 leitos de UTI exclusivos para coronavírus já estavam funcionando.
Além de Feira de Santana, a central de regulação envia pacientes de mais 121 municípios do estado para o HGCA. A maior parte dos pacientes com Covid-19 internados hoje são feirenses, com uma prevalência de mulheres, com idades entre 62 e 73 anos de idade e portadores de comorbidades. Este também é o perfil da maioria dos óbitos registrados no hospital, embora, Lucio Couto alerte para o fato de que houve registos de pacientes mais jovens e sem doenças pré-existentes que não resistiram a virulência da Covid-19.
#10 Elton Serra: jornalismo, racismo e futebol feirense
Café das Seis – 23 de julho 2020
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‘Dados Abertos de Feira’ rebate prefeito Colbert; “Discurso não condiz com a realidade”
João Guilherme Dias
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No início da noite desta quarta-feira (22), o prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins Filho, divulgou um vídeo em suas redes sociais tratando sobre transparência nas informações relacionadas a verba recebida do ministério da Saúde para o enfrentamento da pandemia. Ele afirmou que os dados referentes ao emprego da verba encontram-se disponíveis no portal da transparência. No vídeo ele diz, “estamos no mesmo nível de transparência que todos no Brasil devem fazê-lo”.
Contudo, o projeto Dados Abertos de Feira, por meio do seu perfil no Twitter rebateu as declarações do prefeito. Segundo o grupo que incentiva e cobra transparência do Município, “o discurso não condiz com a realidade”. O projeto argumenta que há um pedido de informação feito à Prefeitura que está há mais de 100 dias sem resposta.
Uma outra frase que chama a atenção é "não tem o que esconder". Basta entrar AGORA na página de contratos da prefeitura e ver que a página não é atualizada desde Abril. Antes disso, não era atualizada desde 2017! https://t.co/DRgXaKZgAZ pic.twitter.com/xEsMYY66IS
— Dados Abertos de Feira (@DadosDeFeira) July 22, 2020
O projeto pontua que mesmo após mais de quatro meses do primeiro caso confirmado do novo coronavírus na cidade, não é possível ter acesso aos casos em formato aberto. O Dados Abertos de Feira ressaltou ainda que um levantamento divulgado recentemente pela Open Knowledge Brasil, o Município atingiu um nível opaco em transparência – a categoria mais baixa do levantamento.
Veja o vídeo que foi publicado nas redes sociais do prefeito Colbert Filho:
https://www.instagram.com/p/CC9QHt-BnnN/?igshid=19nigjvv9qadi
Sesab não recomenda uso de cloroquina e hidroxicloroquina em pacientes com Covid-19
PSOL protocolou representação no MP contra prefeitura de Feira
O PSOL de Feira de Santana protocolou uma representação no Ministério Público exigindo um plano de gestão da Prefeitura para combater a covid-19 na cidade. Marcela Prest, presidenta municipal e Wallace Silva, membro do partido, estiveram na sede do MP para apresentar a reivindicação. De acordo com o documento protocolado pelo PSOL, “a crise gerada pela pandemia da COVID-19 tem sido conduzida pela gestão municipal de maneira arbitrária. Os sucessivos decretos de reabertura do comércio local não foram acompanhados de justificativas e evidências científicas sobre a pertinência dessas decisões, acerca da escolha das atividades a serem retomadas e nem sobre a opção pelo momento específico para tal. Pelo contrário, existem indícios significativos de que tais decretos obedeceram menos a evidências dessa natureza e critérios técnicos e mais ao lobby de setores econômicos – Especialmente do grande empresariado comercial”. O documento relata a necessidade de elaboração por parte do governo municipal de um plano de gestão da crise da COVID-19 em Feira de Santana. O partido defende ainda que a necessidade de lockdown em Feira.“Se a elaboração de um Plano de Gestão da Crise da COVID-19 é um passo incontornável para superação da situação de calamidade, avaliamos que a condução errática do enfrentamento à pandemia infelizmente exige associar o planejamento ao uso imediato e momentâneo de medidas restritivas mais intensas.” Outro destaque da representação diz respeito ao papel que cumpriria a implementação de um auxílio financeiro municipal, que fortaleceria o isolamento social garantindo renda para parte da população durante a crise, sobretudo dada a intensa informalidade no mercado de trabalho feirense.
“Expectativa dos militares é grande”; Feira recebe visita de coordenador das escolas cívico-militares
João Guilherme Dias
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No último mês de fevereiro, o então ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou em seu Twitter uma lista com 54 escolas de todas as regiões do Brasil que seriam transformadas em escolas cívico-militares. Entre as selecionadas, a única do estado da Bahia, a Escola Municipal Quinze de Novembro, localizada no distrito de Jaíba, em Feira de Santana. A unidade escolar foi escolhida pelo MEC por atender a alguns requisitos do edital lançado pelo governo federal, como, o baixo desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Escola Cívico-Militar: Muitos têm perguntado quais escolas, cidades e Estados serão atendidos em 2020. Segue a relação abaixo. Destaco que Campinas está aguardando uma definição jurídica. Caso Campinas seja inviabilizada, a próxima cidade a entrar na lista será Sorocaba. pic.twitter.com/6jT3a7LXws
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) February 26, 2020
E nesta terça-feira (21), a escola recebeu a visita do coronel Julio Cesar Pontes, coordenador regional do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares. Segundo o coronel Pontes, “a expectativa dos militares é muito grande em poder contribuir com um trabalho que venha a melhorar o processo ensino-aprendizagem em benefício dos alunos”, disse o coronel.
Os militares são responsáveis por três áreas da escola, administrativa, didático-pedagógica e da gestão educacional. Ainda segundo o coronel Pontes, o objetivo dos militares, “é auxiliar a direção da unidade escolar, buscando índices melhores de desenvolvimento na educação básica, de aproveitamento escolar e diminuir a repetência”, contou o coordenador regional do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares
Já o secretário municipal de Educação, Marcelo Neves, também disse que a expectativa na Escola Quinze de Novembro é alta e que, “a ideia de trazer a escola cívico-militar para Jaíba é de descentralizar, trazer para um distrito que também sofre com as mazelas da zona urbana, como aumento de violência e da evasão escolar”, completou o secretário.
A Escola cívico-militar conta atualmente, com mais de 500 estudantes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental II.
Café das Seis – 22 de julho 2020
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Bandas Casapronta e Conjura com novidades nas redes
Elsimar Pondé
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A banda Casapronta lançou em seu canal no YouTube o clipe da música “Meu sangue tem dendê”, uma homenagem à religiosidade afro-brasileira e suas convergências. A canção faz parte do álbum “Como a fúria da beleza do sol”, que foi disponibilizado para o público no final do ano passado.
“Meu sangue tem dendê” é uma composição de Igor Skay em parceria com Pablues. A propósito tem sido muito interessante a intensa a produção apresentada por Pablues e Casapronta nas redes sociais neste período de pandemia.
Apesar de que, justiça seja feita, desde o segundo semestre de 2019 que o grupo tem movimentado à produção musical local, participando de eventos, lançando singles e clipes, numa ação que deve servir de incentivo pra quem está no cenário e anda meio desmotivado.
O Casapronta é formado por Pablues (voz, gaita e violão), Igor Skay (guitarra), Rodrigo Borges (guitarra), Rafael Raz (baixo) e a nova integrante Nathalia Pinheiro (bateria).
E quem também acaba de oferecer ao público um novo single é o duo feirense Conjura. “Peculiar” pode ser conferida nas mais diversas plataformas de música. Vale muito a pena acompanhar e valorizar à produção musical de Feira de Santana.
Apenas 2% da população feirense foi testada para Coronavírus pela rede pública
Dandara Barreto
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A prefeitura de Feira de Santana divulgou nesta terça-feira(21) que houve uma diminuição de 30% nos números de casos de Covid-19, no entanto, os números do boletim epidemiológico publicado logo mais à noite do mesmo dia, preocupam. Foram 193 novos casos confirmados e mais 8 mortes, elevando para 6.206 o total de infectados no município e para 114 o número total de óbitos. São 2.532 casos ativos, 69 hospitalizados e 3.560 recuperados. 498 pessoas aguardam resultados de exames.
Outro dado divulgado pelo último boletim da Secretaria Municipal de Saúde foi a quantidade de pessoas testadas. 12.208 feirenses procuraram a Vigilância Epidemiológica para realizar o teste para a Covid-19.
De acordo com o último censo do IBGE, realizado no ano passado, a população estimada de Feira de Santana é de 614.872 habitantes, Isso significa que apenas 2% da população teve acesso ao teste pela rede pública.
OMS recomenda testagem em massa
A Organização Mundial da Saúde (OMS) desde o início da pandemia do Novo Coronavírus, tem dado uma recomendação central enquanto não existir vacina ou medicamento: os países devem seguir as chamadas intervenções não farmacológicas (INFs), um grupo de medidas de combate imediato à doença, entre as quais o isolamento social, testagem em massa e adoção por parte dos governos de uma comunicação de risco. A adoção correta das medidas estabelecidas no protocolo da OMS é o fator decisivo para deter o avanço da doença. No entanto, a baixa testagem é um problema que ocorre em todo o Brasil. De acordo com um estudo divulgado pelo Jornal O Globo, uma análise da reação de países como Brasil, Argentina, Uruguai,Paraguai e Bolívia após à chegada da pandemia concluiu que os quatro países que seguiram a principal orientação da OMS obtiveram melhores resultados, com destaque para Uruguai e Paraguai. O Brasil, foi o único que virou as costas para o manual global de luta contra pandemias e lidera hoje o ranking de novas mortes por coronavírus em 24 h, segundo a OMS. De acordo com os dados das secretarias estaduais de Saúde, divulgados pelo Consórcio de Veículos de Imprensa, o Brasil registrou 1.346 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando ao total de 81.597 óbitos. Com isso, a média móvel de novas mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 1.048 óbitos. Sobre os infectados, já são 2.166.532 brasileiros com o novo coronavírus, 44.887 confirmados no último dia. A média móvel de casos foi de 33.618 por dia.