Mesmo com a pandemia, projeto Feira Sound System resiste
Fazer música e viver de cultura no Brasil já é sinônimo de resistência e, na pandemia, isso está longe de ser diferente. Mas o Feira Sound System que, desde 2018, já se tornou uma tradição na Princesa do Sertão, continua se reinventando. E a edição de 2021 promete: no mês de março, o evento ocorrerá de forma virtual e reunirá grandes artistas da cena local. Pra quem ainda não conhece, o “Feira Sound System” é um festival de música focado na difusão da cultura reggae regional e, além disso, reúne vários DJ’s, os chamados seletores, além de MC’s e B-Boys, dançarinos que animam ainda mais o projeto, típicos da chamada Cultura Sound System. Em 2018, foram realizadas as duas primeiras edições, uma no Zabumbar e outra no Beco da Energia, que se transformou em um verdadeiro celeiro cultural na cidade. Nessas edições, participaram importantes nomes do movimento, como o grupo Roça Sound, Magnata King Fyah, o produtor musical Lerry e nomes da nova cena do reggae feirense, como Jôh Ras, Toin Jornal e Gelmix. De lá pra cá, o projeto conseguiu influenciar iniciativas semelhantes em vários bairros e localidades periféricas de Feira, mostrando cada vez mais a sua força. Em 2020, já na pandemia, o movimento continuou resistindo e produziu uma terceira edição, o “Feira Sound Sytem Live Sessions”, reunindo artistas locais, com composições autorais inéditas e que acabou se transformando em um EP, produzido pelo Crossover Estúdio e gravado individualmente pelos músicos, em razão da pandemia do novo coronavírus. A iniciativa também ganhou um registro audiovisual, que está disponível no canal do YouTube do evento. Novamente com realização do Crossover Estúdio, o IV Feira Sound System também ocorrerá virtualmente, entre os dias 05 e 06 de março pelo YouTube e contará com uma programação formada por dez artistas feirenses que dialogam com a Reggae Music. Com apresentação de Ludimila Barros, esta edição busca trazer mais diversidade e respeito às minorias, com mais artistas mulheres, além de ter em sua grade, pela primeira vez, uma mulher trans, a cantora Bruna Vicci. A curadoria do festival é realizada pelo produtor musical LERRY e pelo anfitrião e músico DJ BOMANI (Band Spear) que, há pelo menos 10 anos tem relação com a cena reggae de Feira e já atuou com importantes artistas, como Jorge de Angélica, Monte Zaion, JardaFire e a Profecia, dentre outros. É importante ressaltar que o projeto foi aprovado pelo Edital de Chamamento Público nº 06/2020 – Seleção Pública para Patrocínio a Festivais Culturais e tem apoio financeiro da Prefeitura de Feira de Santana, através da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, via Lei Aldir Blanc, direcionado pela Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo do Governo Federal. O evento começará a partir das 19h, com duração de 02 horas por dia e contará com convidados especiais como Gilsan Reggae Man e o B-Boy Edy Murphy – Mete Dança. As atrações musicais serão alternadas com entrevistas entre os participantes, trazendo vivências e histórias da formação e desenvolvimento da cultura reggae em Feira de Santana.
Pode ver BBB?
Por Rafael Velame
Já fui criticado por assistir o Big Brother Brasil algumas vezes. Amigos, leitores, ouvintes, seguidores e haters sempre dizem a mesma coisa: até você? Sim. Até eu. Há quem diga que eu deveria ficar feliz com essas abordagens, com o insosso argumento de que essas pessoas pensam assim porque me acham um cara inteligente (será?). Para eles, BBB emburrece. Discordo. A política feirense, essa sim, é um basculho. Eles, os políticos, são capazes de nos fazer sentirmos burros. De pensar: como colocamos esses sujeitos aí? Edvaldo Lima milita mais errado que Lumena. Colbert é tão inexpressivo quanto João. Ronaldo poderia ser conka e Zé Neto não passa de um “pocah ideia”. Talvez poucos entendam a piada, afinal não é só o Nego Di que faz piada ruim. Diferente do que muitos insistem em dizer, é possível acompanhar o noticiário, ler um livro e assistir o BBB. Ou optar por não adotar nenhuma das três opções. Cada um sabe – ou deveria saber – o que é bom pra si. Sou convicto de que o bom mesmo é saber que com ou sem BBB, meu papel na sociedade é ser a voz de quem assiste, de quem não assiste e daquele que, acredite, existe, e nem televisão tem pra assistir. Qual é o seu?
Rui Costa anuncia toque de recolher na Bahia por 7 dias
O governador Rui Costa (PT) anunciou, durante transmissão ao vivo nas redes sociais nesta terça-feira (16), que a Bahia vai adotar o toque de recolher no estado a partir da próxima sexta-feira (19), como medida para conter o avanço da covid-19. A medida vai valer por 7 dias, das 22h às 05h, inclusive em Feira de Santana. O decreto será publicado no Diário Oficial desta quarta-feira (17). Alagoinhas e a região do Oeste, além de Irecê e Jacobina, onde as taxas não estão elevadas na avaliação do governo, o toque de recolher não será adotado. Rui afirmou ainda que, para a volta às aulas, três critérios precisam ser obedecidos: a redução do número de casos ativos, a diminuição do número de óbitos e a queda das taxas de ocupação de leitos. “Definimos que esses critérios são os requisitos mínimos necessários para que possamos ter um retorno sem colocar em risco a vida de nossos professores, pais, alunos e todos os seus familiares”, concluiu. A declaração do governador seguiu uma apresentação de técnicos da Sesab mostrando que a Bahia alcançou uma taxa de 74% de ocupação dos leitos de UTI dedicados para atender pacientes com casos mais graves de Covid-19. “Os dados indicam um risco real de colapso do sistema de saúde e consequente aumento na mortalidade. Nesse momento, apenas medidas de distanciamento social mais severas minimizarão as altas taxas de transmissão do vírus”, explicou o secretário da Saúde, Fábio Vilas-Boas.
Colbert pode ser obrigado a trocar secretário por falta de liberação de Rui Costa
A Secretaria de Transporte e Trânsito de Feira de Santana vive um impasse. O atual Saulo Pereira Figueiredo, que é Policial Militar, ainda não foi liberado pelo Governador Rui Costa para continuar à disposição da Prefeitura de Feira de Santana. Apesar a ausência da liberação, Saulo foi nomeado pelo prefeito Colbert Filho em 3 de janeiro de 2021. Em 4 de fevereiro, foi publicado no Diário Oficial um decreto comunicando férias do secretário, o que seria uma forma de ganhar tempo para resolver a situação. O Governo Estadual alega que Saulo já esgotou o limite de licenças possíveis. O Blog do Velame apurou que o impasse está sendo considerado uma retaliação por membros do executivo municipal. Os deputados Zé Neto e Robison Almeida, ambos do PT, estariam atuando politicamente para barrar a liberação como forma de vingança. Os petistas alegaram em entrevistas que a atuação do secretário interferiu no resultado da eleição municipal ao realizar operações de fiscalização para apreender veículos particulares na zona rural de Feira no dia 29 de novembro, data do segundo turno, quando Zé Neto foi derrotado por Colbert. A expectativa é que Saulo seja substituído após o retorno das férias.
Colbert diz que Feira vive pior momento da pandemia
O prefeito Colbert Filho (MDB) fez um alerta, nesta segunda-feira (15), sobre a situação da pandemia da covid-19 em Feira de Santana. “Neste momento estamos com a gravidade maior da doença do que em julho. É o momento pior da epidemia que está acontecendo agora”, disse em audio distribuído à imprensa. O prefeito relatou que mais de 80% dos leitos de UTI do Hospital de Campanha estão ocupados. “Esse Carnaval quem esta fazendo festa é a covid-19. Fazendo festa e matando”. Colbert, que é médico e revelou ainda que 446 pessoas já morreram da doença na cidade. Segundo o vacinômetro, a Prefeitura vacinou até agora 19.366 pessoas.
Vereador acusa Estado de interromper parceria que ajudava zona rural de Feira contra a seca
O Governo do Estado interrompeu, em 2016, uma parceria mantida com a Prefeitura de Feira de Santana para oferta de carro-pipa e de outras ações de combate à seca neste município. A informação é do vereador Pedro Américo (DEM), à época coordenador da Defesa Civil, órgão da Secretaria de Prevenção à Violência e Promoção dos Direitos Humanos. Ele diz que foi mantido um relacionamento institucional saudável com o então superintendente estadual de Defesa Civil, Rodrigo Hita, “homem sensível e democrático”, que disponibilizou oito veículos para socorrer a zona rural de Feira. “Por uma ordem sabe-se lá de quem essa parceria foi encerrada, mesmo diante de um quadro de calamidade pública que se enfrentava, com uma das piores estiagens da história da cidade”. A situação se agravou com o “sucateamento” da CERB (Companhia de Engenharia Rural da Bahia), conforme o vereador. O órgão não atendeu a ofícios da administração de Feira de Santana solicitando perfuração de poços. Pedro Américo entende que os esforços devem ser conjuntos entre as gestões local, estadual (através da Embasa), e federal, nesta última esfera, especialmente o Exército, “que disponibiliza apenas um carro-pipa” ao município.
Avenida Nóide Cerqueira interditada para diversão de crianças e adultos aos domingos
A cada domingo e feriados, um trecho da avenida Noide Cerqueira tem sido palco para a diversão e a prática de atividades físicas. Reúne crianças, jovens e adultos. O projeto que começou na primavera deu certo e, agora, poderá ser levado a outras avenidas e distritos. “Percebemos que as pessoas ficaram mais tranquilas para realizar suas atividades sem a interferência dos carros. Elas também se sentem mais seguras, com mais espaço livre para circulação”, considera o secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Jairo Carneiro Filho. O espaço reservado à população é no sentido Salvador X Feira de Santana, entre a avenida Fernando Pinto de Queiroz, que segue para a Artêmia Pires, e o Posto Ipiranga. Ele é fechado ao trânsito de veículos das 7h ao meio-dia. No local as pessoas andam de patins, skate, pedalam bicicleta, e correm com tranquilidade. “Estamos planejando levar essa ideia para outros bairros e distritos, incentivando a prática de esportes e garantindo o lazer com segurança”, acrescenta Jairo Filho. O secretário reitera a importância de manter o distanciamento social e do uso da máscara como prevenção ao coronavírus.
Segunda dose da CoronaVac será aplicada a partir de terça
Feira de Santana recebeu na manhã desta sexta-feira, 12, 9 mil doses da vacina CoronaVac. Com esse quantitativo, o município dará início a aplicação da segunda dose, na próxima terça-feira, 16. Vão receber o imunizante os profissionais de saúde que atuam na linha de frente contra a Covid-19 e idosos institucionalizados. Esses grupos foram os primeiros a receber a vacina. Vale salientar que serão imunizados apenas os profissionais que comprovem vínculo de trabalho em instituição de saúde de emergência e urgência. As doses serão aplicadas respeitando o prazo de 28 dias após a primeira aplicação e o profissional deve apresentar a carteira de vacinação com o primeiro registro. Serão vacinados também os idosos que residem no Lar do Irmão Velho, Instituição Nosso Lar, AFAS (Associação Feirense de Assistência Social), Dispensário Santana, Casa de Amparo e Casa de Repouso Saúde e Bem Estar. A Secretaria de Saúde reforça que a segunda dose do imunizante está garantida e a vacinação será simultânea com a dos idosos acima de 85 anos, que começaram a ser vacinados na quinta-feira, 11. Ao todo, o município recebeu 23.669 doses da Coronavac e 8 mil doses da vacina Oxford/AstraZeneca, totalizando 31.669 imunizantes. Até o memento, 17.961 pessoas foram vacinadas, entre profissionais e trabalhadores de saúde, quilombolas, pessoas com deficiência e idosos.
Superintendente acusa condomínios de danificar vias com descarte irregular de água de piscina
“Os moradores jogam água servida no asfalto, tem condomínio que chega a esvaziar até piscina na pavimentação, o que termina esburacando tudo, e depois gravam vídeos reclamando da situação”. Lamenta o gestor da Superintendência de Operações e Manutenção (SOMA), engenheiro civil João Vianey. É o caso, por exemplo, da rua Humildes, mais precisamente no cruzamento com a rua N, no conjunto Feira VI, bairro do Campo Limpo. O acúmulo de água servida lançada por alguns moradores obriga a SOMA a sempre estar realizando reparos na pavimentação. Esta semana, entretanto, um dos moradores postou um vídeo em redes sociais, mostrando os estragos e acusando a Prefeitura de abandono. “O local não tem esgotamento sanitário da Embasa e a drenagem pluvial, para água de chuva, não é apropriada para o volume de água servida. Logo, a pavimentação não aguenta muito tempo, até porque o tráfego é intenso. Ou os moradores param de jogar água na via, ou o problema vai persistir”, destaca Vianey. Ele acrescenta que nos últimos dois meses, a SOMA já notificou dois condomínios, um na Mangabeira, e outro na Santa Mônica, que tinham a prática de esvaziar as piscinas jogando a água nas ruas.
Feira tem a menor taxa de morte por Covid a cada 100 mil habitantes entre 28 cidades
Entre 28 capitais e municípios do país, Feira de Santana apresenta a menor taxa de morte por Covid-19 a cada 100 mil habitantes. São 74 óbitos, segundo dados do Ministério da Saúde. O comparativo leva em consideração cidades com população entre 500 a 895 mil. Em seguida, o município de Ananindeua (PA) que possui 530.598 habitantes, também apresenta melhor situação. São 77 óbitos, na sequência Caxias do Sul (RS) com 80. Mesmo em locais com quantitativo populacional semelhante, entre 600 mil, Feira continua com o menor índice de mortes. Em seguida Contagem (MG) com 101 e Sorocaba (SP) com 102. O cálculo de óbitos a cada 100 mil habitantes é utilizado pela epidemiologia por oferecer um recorte mais preciso. Atualmente 93% dos casos diagnosticados em Feira de Santana até esta quarta-feira, 10, estão recuperados. Confira abaixo os índices de morte por covid-19 a cada 100 mil habitantes em municípios e capitais:
Entre os municípios acima de 500 mil habitantes: Ananindeua – PA (77), Caxias do Sul – RS (80), Belford Roxo – RJ (82), Florianópolis – SC (86), Londrina – PR (91), Joinville – SC (110), Aparecida de Goiânia – GO (112), Juiz de Fora – MG (129), Campos dos Goytacazes – RJ (135), Serra – ES (143), Macapá – AP (162), Niterói – RJ (178) e Porto Velho – RO (206).
Entre os municípios acima de 600 mil habitantes: Contagem – MG (101), Sorocaba – SP (102), Uberlândia – MG (123), Aracajú – SE (157), Osasco – SP (157) e Cuiabá – MT (226).
Entre os municípios acima de 700 mil habitantes: São José dos Campos – SP (105), Jaboatão dos Guararapes – PE (146) e Ribeirão Preto – SP (164).
Municípios entre 800 a 895 mil habitantes: Nova Iguaçu – RJ (121), Natal – RN (150), Campo Grande – MS (150), Teresina – PI (151), João Pessoa – PB (159) e São Bernardo do Campo – SP (165).
Deputado pede que Governo não ceda área do Horto da UEFS para o TJ-BA
Nesta quarta-feira (10), o deputado estadual José de Arimateia (Republicanos) protocolou na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) uma solicitação ao Governador da Bahia, Rui Costa (PT). Como Presidente da Comissão de Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos da Casa Legislativa baiana, o parlamentar pediu, através de ofício, que o gestor estadual considere outras alternativas de local para a construção e implantação da nova sede do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA). O motivo, de acordo com Arimateia, é que a área onde atualmente se encontra instalado o Horto Florestal da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) representa grande necessidade para a edificação do conhecimento científico feirense e do estado da Bahia. Contudo, no último mês de dezembro, o Governo do Estado publicou a cessão de oito dos 12 mil metros quadrados do espaço para o órgão judiciário baiano. Dentre as contribuições do Horto citadas pelo deputado, estão experimentos acadêmicos na área florestal e botânica, plantio, guarda e multiplicação do material genético de espécies nativas da caatinga, Mata Atlântica e outros biomas com grande utilidade para a revegetação e recuperação de áreas degradadas que são a base da produção de água e alimentos. “Na condição de Presidente da Comissão de Meio Ambiente, solicito uma reunião o mais breve possível, devendo ainda convidar alguns dos atores diretamente envolvidos na questão, visando contribuições para uma melhor solução do caso”, pediu no documento. Ainda na Seção Ordinária Remota desta terça-feira (09), José de Arimateia anunciou ao Presidente da ALBA, Adolfo Menezes (PSD), o pedido e destacou a importância do Horto Florestal nos âmbitos acadêmico, educacional, científico e ambiental do estado. “Estamos esperando uma resposta urgente do governador. Não podemos desapropriar uma área de grande importância ambiental e para a ciência no nosso município de Feira de Santana”, encerrou.
Presidente da Câmara diz que advogado expõe sua família e grava conversa de forma ilegal
O presidente da Câmara de Feira de Santana, vereador Fernando Torres (PSD), denunciou, nesta quarta-feira (9), ter sido vítima de gravação ilegal e divulgação do conteúdo em redes sociais, por parte do advogado Hércules Oliveira, a quem criticou em plenário, esta semana. “Liguei para ele com o objetivo de esclarecer um fato, que ele teria apresentado em uma entrevista, de que eu teria brigado e até ameaçado o meu pai com uma arma, além de ter me chamado na imprensa de cheirador de pó”, diz o vereador. Em uma primeira tentativa, o advogado não atendeu, mas “armou a gravação quando lhe telefonei pela segunda vez”. Na ligação, Fernando chegou a chama do advogado pra resolver a briga na mão ou na bala. Ele admitiu ter ficado tenso, principalmente pelo advogado ter envolvido o pai dele, de 86 anos, na discussão. “Queria apenas esclarecer essa história de briga com meu pai, que nunca existiu, mas ele, como torturador, conseguiu me abalar psicologicamente e acabei lhe xingando”. O presidente considera encerrado o assunto: “ele não é um vereador, uma autoridade, uma liderança popular. Somente voltarei a tratar aqui se for para me defender. Não é local para este assunto, que se tornou pessoal. Talvez o espaço adequado seja a Justiça”.
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PERSONAGENS DE FEIRA: O escritor feirense que descobriu o talento no WhatsApp
Por Rafael Velame
As crônicas dele deveriam ser leitura obrigatória para quem quer entender Feira de Santana de verdade. Alan de Sá, feirense formado em jornalismo, é uma promessa da literatura. Criado no Parque Lagoa Subaé, bairro pobre onde a realidade bateu na porta logo cedo, viu conhecidos morrendo por causa do tráfico. Uma realidade que moldou a sua visão de mundo. Talvez por isso, seus textos sejam marcados por excessos – de palavrão, de sarcasmo e de duras verdades. Do primeiro livro lido, somente aos 15 anos, até se descobrir escritor, por conta de um grupo de WhatsApp, aos 18, Alan sabe que seu destino poderia ter sido diferente. Viveu as dificuldades de ajudar a mãe que foi ambulante na Salles Barbosa e lá passou a conhecer pessoas, perceber trejeitos e ver como era o que ele chama de “feirense médio”. Vivências que virariam crônicas publicadas e muito compartilhadas no Facebook. Atualmente Alan trabalha em uma grande agência de publicidade em São Paulo e, apesar das dificuldades, já publicou “Marani”, seu primeiro romance e a obra de suspense e terror “Lago Aruá“. Paralelamente ele defende o movimento literário Sertão Punk, que você vai conhecer melhor na entrevista abaixo onde assuntos como racismo no meio literário e afrofuturismo também são abordados.
Quando surgiu o desejo de ser escritor? Como você se descobriu escritor?
Foi um processo meio estranho e demorado. Eu comecei lendo tarde, li meu primeiro livro na vida aos 15 anos, ainda no ECASSA. Me apaixonei pela leitura nessa época, mas a escrita em si veio anos depois, já com 19 pra 20 anos. Nessa época eu já tinha terminado o ensino médio e não estava arrumando emprego, então passava muito tempo em casa. Acabei entrando em um grupo de Whatsapp junto com uma galera de vários estados do Brasil e todo mundo curtia as mesmas coisas que eu: filmes, séries, animes, livros, etc. Resolvemos fazer uma brincadeira de criar personagens pra cada um do grupo. A galera curtiu e decidimos criar uma história com todos. Eu era um dos responsáveis por juntar todas as histórias em uma só. Acho que foi mais ou menos por aí.
Onde foi criado em Feira, como foi a infância?
Eu nasci em Feira de Santana, mas passei uma parte da minha infância em São Paulo, até os oito anos. Meus pais já tinham uma vida estabelecida na cidade. Minha mãe era costureira e meu pai, pintor. Eles usavam as economias, dinheiro de FGTS, férias, essas coisas, pra construir a casa em Feira. Quando voltamos, em 2003, já tava tudo mais ou menos pronto. Daí em diante vivi a maior parte da minha vida no Parque Lagoa Subaé.
A gente sempre foi pobre. Um pouco menos do que a grande maioria das pessoas pobres do Brasil, porque tínhamos nossa própria casa, minha mãe trabalhava com carteira assinada, meu pai tinha o emprego dele, mas nada nunca foi realmente fácil. Já passamos por vários apertos na vida, mas sempre estávamos ali um pelo outro, todo mundo se ajudava como podia e até hoje é assim. Por um tempo, o Parque Lagoa foi um bairro mais perigoso do que é hoje. Vi muitos pivetes morrerem cedo demais por causa de droga, facção, crime. Gente de 12, 15 anos, que nem tiveram tempo de mudar de caminho e ter alguma oportunidade, como eu tive. Isso moldou muito da minha visão de mundo, porque o pensamento coletivo ficou ainda mais forte na minha mente.
Eu sempre curti desenhar e isso era um passatempo massa pra mim. Depois de um tempo trabalhando como costureira, minha mãe comprou uma barraca na Salles Barbosa em 2007, que existia até o dito cujo do prefeito resolveu derrubar pra favorecer empresário mineiro e acabar com o sustento e a história de milhares de pessoas na cidade. Lá foi que comecei a aprender os caminhos do centro, conhecer pessoas, perceber trejeitos das pessoas e ver como era o “feirense médio”. Sempre que ficava com a coroa, e quando a gente conseguia vender alguma coisa, pegava uma parte da grana e juntava pra comprar materiais de desenho na Maskat e na banquinha de jornal em frente a Prefeitura. Isso me fez querer trabalhar com design por muitos anos. Acabei fazendo Jornalismo na FAT. Coisas da vida, né. Mas não me arrependo de maneira alguma.
Fiz o final do fundamental 1 no Luciano Ribeiro Santos, uma escola municipal lá no Parque Lagoa mesmo. Depois, fui pro ECASSA, onde fiquei até o fim do ensino médio. Quando entrei, Artemízia ainda era a diretora, botava medo até na galera do terceirão. Foi lá também que fiz meus melhores amigos, que estão comigo há anos e já são parte da família, verdadeiros irmãos que ganhei com a vida, mesmo tendo, também, meus irmãos de família. Bati muito de frente com Lúcia Branco, diretora da escola, por conta de várias e várias situações de descaso da gestão da escola com o próprio patrimônio e a educação. Já fiz abaixo assinado pra tirar ela de lá, brigamos muito e, até a última vez que fui lá (em 2018, não lembro), ela sequer olhava na minha cara direito. Ainda bem.
Por que foi pra São Paulo?
Eu trabalhava com publicidade numa agência de Feira, tinha acabado de terminar a faculdade. Não tinha muitas pretensões de sair, porque, bem ou mal, eu gosto de Feira. Mas aí uma vizinha viu uma publicação de um processo seletivo pra jovens criativos de uma agência de São Paulo, a Wieden+Kennedy. Até então, não conhecia nada da agência, mas depois descobri que se tratava de uma das maiores e mais relevantes do mundo, responsável por várias campanhas icônicas pra Nike. Resolvi tentar. Depois de um mês de processo seletivo, fui um dos selecionados pro programa. Além de mim, mais duas pessoas da Bahia entraram: Caíque, fotógrafo de Madre de Deus; e Larissa, estudante de jornalismo da UFBA, mas que é natural de Uruçuca. No total foram seis: tinham mais duas pessoas de Brasília (Lara, publicitária; Luiz, fotógrafo e diretor de arte) e Taís, ilustradora de São Luiz, no Maranhão.
A gente passou nove meses trabalhando na Wieden+Kennedy, aprendendo sobre publicidade e fazendo projetos internos, enquanto morávamos num hostel. Foi um período bem intenso, com vários altos e baixos pelo caminho. Foi durante esse período que vi o quanto o mercado aqui era mais organizado que Feira, além das oportunidades de crescimento serem maiores. Resolvi ficar pra ter uma grana a mais e poder ajudar meus pais. Hoje, trabalho em outra agência, FCB Brasil, que também é uma empresa global e bem grande na área. No fim das contas, deu tudo certo.
O que é o Sertãopunk?
O sertãopunk é uma ideia. É mais fácil começar por aí. Uma ideia de como o Nordeste pode ser no futuro a partir de um ponto de vista nordestino. O sertãopunk começou depois de mim e mais dois amigos, Alec Silva e Gabriele Diniz, que também são escritores negros e nordestinos, levantarmos alguns questionamentos sobre como o a cultura da região era representada nas produções de ficção, fossem elas livros, filmes, séries, artes visuais, etc. Porque sempre o nordestino como, ou cangaceiro, ou matuto? Por que a estética da seca sempre atrelada ao Nordeste? Foi a partir de questionamentos assim que a gente começou a pensar no sertãopunk.
A gente tem uma região rica em biodiversidade, produção de energia limpa, com polos de tecnologia e geração de renda bem estabelecidos, a única baía inteiramente navegável do mundo (a Baía de Todos os Santos), alguns dos maiores portos do Brasil, fora toda a diversidade cultural, mais de 1900 territórios quilombolas, centenas de tribos indígenas e presença constante nas maiores e mais relevantes revoltas populares da história do Brasil. O Nordeste não é só o carnaval de Salvador, seca e Lampião.
Foi pra isso que pensamos o sertãopunk, pra ser uma ideia pra todo mundo que quer se expressar contra esses estereótipos e xenofobia construídos historicamente. Através de qualquer tipo de arte: música, grafite, literatura, o que for. A partir daí, dar uma nova cara pras possibilidades de Nordeste no futuro.
Quais livros já publicou?
Publiquei Marani, meu primeiro e único romance, até então, em 2017. Em 2019 lancei O Lago Aruá via financiamento coletivo pelo Catarse, mas esse é menor, entre um conto e uma novela. Entre esses dois eu participei de alguns projetos coletivos com autores de vários estados do Brasil, além de colocar coisas avulsas na Amazon, no total. No total, são umas 10, 12 publicações. Meu último lançamento foi Abrakadabra, em 2020, direto na Amazon e já dentro da estética do sertãopunk. Além, é claro, da coletânea Sertãopunk: histórias de um Nordeste do amanhã, que traz o manifesto do movimento, além de artigos sobre pontos relevantes sobre o que a gente pensou e dois contos, um meu (Schinzophrenia) e o outro de Gabriele Diniz (Os olhos dos cajueiros), co-criadora do sertãopunk.
É difícil chegar até uma editora e publicar seu primeiro livro?
Existem diversos formatos de editoras por aí. Muitas usam um sistema de “pague pra publicar”, em que o autor paga por todo o processo editorial mais uma quantidade de livros, os caras fazem um trabalho meia-boca e depois somem, colocam o livro no site deles, nunca trabalham publicitariamente a obra, te fazem assinar um contrato criminoso e tu nunca vê a cor do dinheiro pelo teu trampo.
E tem as editoras tradicionais. Essas, sim, são difíceis de acessar, porque elas possuem um processo editorial mais sério e não costumam apostar em autores iniciantes de cara, justamente por ser dela todos os custos de produção e divulgação da obra, além de bancarem um adiantamento dos direitos autorais pro autor. Pra chegar nessas, das duas uma: ou tu é branco (se for do Sul ou de São Paulo, melhor ainda); ou é muito, muito bom.
Como foi o processo de criação do Lago Aruá?
O Lago veio depois de uma viagem que fiz com minha ex-namorada. Ela é de Salvador e a gente nunca tinha feito uma viagem junto. Uns amigos dela resolveram passar um final de semana numa casa na Lagoa do Aruá, na Reserva de Sapiranga, em Mata de São João. Resolvi ir com eles. Durante uns dois dias, algumas coisas meio bizarras aconteceram. Vi alí uma oportunidade de fazer uma história de terror a partir de um ponto de vista mais cru, que era o meu. Daí nasceu O Lago Aruá.
Você se define um escritor de que tipo?
Eu gosto de escrever tipos diferentes de literatura. Tem minhas crônicas, que geralmente tem um formato mais engraçado e que eu falo mais da cidade e das pessoas. E meus contos, que quase sempre são de terror e suspense.
Pro primeiro tipo de texto, eu sempre tento pensar “o que as pessoas fazem que ninguém percebe, mas que pode ser bom o suficiente pra virar um texto?” antes de escrever. Feira tem gente de todo tipo e isso é ótimo. Quanto mais diferente são as pessoas, mais fácil é de dar uma exagerada nas coisas e criar uma veia bem-humorada. Eu já fiz crônicas sobre o BRT, o velho do licuri e por aí vai.
Com os contos eu já tenho outra pegada. Acho que a literatura de terror tem um poder de sintetizar coisas muito relevantes e gerar um outro tipo de impacto sobre as pessoas. Por exemplo: O Lago Aruá fala de uma viagem de fim de semana, mas também fala sobre preconceito religioso, racismo, relacionamentos conturbados, descaso com o meio ambiente e por aí vai. Abrakadabra é sobre uma experiência em realidade virtual, mas também fala sobre as dores que corpos negros carregam, a criação do estereótipo de incapacidade sobre pessoas com deficiências e outras coisas. Então eu tento pegar todas as porcarias que rodeiam a gente e mostrar isso de uma forma que vai impactar a galera, nem que seja pelo susto ou pelo medo.
Feira de Santana te inspira de alguma forma em suas obras? Seja positiva ou negativa….
Sim, com certeza. Pra ambas. Eu gosto de Feira de Santana, por ser uma cidade com gente de todo o canto, em que a cultura popular tem uma força enorme na fundação do tipo feirense e por aí vai. O que eu não gosto é de quem gere a cidade, desses coronéis de meia-tigela que tratam Feira como se fossem a casa deles. Você sabe de quem eu tô falando. A experiência negativa vem daí: da violência que desgraça a cidade, a falta de estrutura social, saúde e educação públicas de qualidade, entre outros vários problemas. Isso também me inspira porque não posso deixar os problemas da cidade alheios ao que eu faço.
Quando a gente, que produz algum tipo de arte, seja literatura, música, artes visuais, o que for, não aponta as doenças sociais, estamos negando que elas existem. Não tem essa de “arte sem politicagem”, a arte é política e o ser humano é um ser político. Política não é só partidária. Se não contextualizamos as coisas e mostramos os erros da sociedade, somos coniventes. Isso legitima que isso continue acontecendo.
Existe racismo na literatura brasileira? Você já sentiu isso na pele?
O racismo brasileiro é estrutural. Ele sempre vai estar presente em qualquer lugar porque a nossa sociedade foi fundamentada assim, com racismo. O meio literário não é diferente. No meu caso, principalmente depois que começamos a trabalhar no sertãopunk, houveram situações que não só minhas falas, quanto as de Alec e Gabriele, que são também negros, foram desvalorizadas e apagadas por pessoas brancas. De forma intencional.
Uma das bases pro sertãopunk é o afrofuturismo, justamente porque a gente entende o peso que a cultura africana teve na história do Nordeste, não só por sermos negros, também. O fato de três negros e nordestinos questionarem várias atitudes do próprio mercado editorial, como nós fizemos – mercado esse que é inundado de pessoas brancas, bem de vida e, na grande maioria, do Sul e do Sudeste – gerou um incômodo no mercado e algumas inimizades que nos perseguem até hoje.
Mas é aquela coisa, né: se gente ruim não gosta do que eu falo ou faço, eu fico feliz.
É mais difícil ser reconhecido como escritor de sucesso sendo nordestino, de Feira de Santana?
É difícil ser escritor num todo, porque o mercado é uma bagunça daquelas. Quando a gente vai colocando as camadas minoritárias e sociais no jogo, vai ficando pior. Ser escritor, do interior do nordeste, pobre e negro é complicado. Mas se for uma mina nas mesmas condições, é ainda mais. Se for indígena, quilombola, ribeirinho, também. Por aí vai. Pra quem tá de fora pode até pensar que é “lacração” desnecessária ou exagero. Obviamente que existem, sim, grandes escritores nordestinos, negros e mulheres, também. Mas nessas horas, a gente tem que pensar no todo: qual a cor das pessoas que comandam as editoras, que editam as histórias, que trabalham com a divulgação delas e que fazem resenhas, reviews e por aí vai? Como funciona esses processos até chegar em uma editora ou no mercado?
Quando tu tá no jogo, vê que muita gente (muita gente mesmo) entra no mercado sem qualquer mérito. Escrevendo mal, com posicionamentos questionáveis, mas que tá ali porque é amigo de não sei quem, parente de fulano, estudou na mesma faculdade que sicrano, etc. A a paleta de cores dessa brincadeira aí é branca. Hoje, não sinto tanto isso porque já tô mais estabelecido (e, curiosamente, a maior parte dos meus leitores são de fora do Nordeste). Mas, pra quem tá começando, é, sim, complicado.
Acho que Feira de Santana tem um potencial de contação de histórias enorme. A gente tem história e tradição na literatura de cordel. Uma das primeiras coisas que li, antes do meu primeiro livro, foi um cordel, sobre Lucas da Feira, escrito por Franklin Machado, que tá em minha casa em Feira até hoje. O que falta é a própria cidade começar a olhar com mais atenção pra quem produz cultura em casa.
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Todo feirense sabe completar: vem pra cá, vem pra…
É possível dividir Feira de Santana em 2 tipos de pessoas: aquelas que compram na Kamys e aquelas que conhecem alguém que compra lá. Durante anos a fachada da loja teve como garoto propaganda uma lenda viva, Nelson Roberto, o Rei Nelsinho, que é uma espécie de Ricardo Eletro do ramo de confecções. Rei Nelsinho tem status de celebridade feirense. Ninguém sai por aí dizendo que viu os donos da Nyl Mylle, da Tobias Barreto, da Jota Neto… mas Rei Nelsinho é assunto onde chega; e não é pra menos, o cara costurou o bordão “Vem pra cá, vem pra Kamys!” na memória afetiva do feirense. É aquele tipo de frase que vem com áudio e imagem. Um clássico do marketing local.
Não sei você, mas eu tenho resistência de entrar em loja arrumada demais. Como assim nenhuma camisa pelo chão? Como assim não tem muvuca? Como assim não tem um locutor na porta da loja deixando todo mundo doido, enquanto você acelera o passo e só torce mentalmente pra passar despercebido?
*Maurício Borges é feirense, redator publicitário e apaixonado por crônicas. Escreve para o Blog do Velame aos domingos.
Vacina traz dose de esperança para idosos de Feira de Santana
José Bonifácio, de 90 anos, e Raimunda Maria de Alencar, de 96, passaram a pandemia em isolamento, longe de familiares e amigos. Nesta sexta-feira, 5, a esperança bateu a sua porta e, finalmente, o casal pode receber a primeira dose da vacina contra a Covid-19. “Perdi alguns amigos por causa dessa doença. Foi quase um ano dentro de casa confinado, não foi nada fácil”, falou seu Bonifácio sem esconder a emoção. O casal de idosos vai completar 70 anos de casados em agosto. Para dona Raimunda Maria, a vacinação foi um motivo de muita alegria. “A vacina foi um belo presente”. Outros idosos acima de 90 anos começaram a ser imunizados nesta sexta. Eles foram cadastrados pelos Agentes Comunitários de Saúde da prefeitura de Feira de Santana.
Vereadores pedem explicações sobre “desequilíbrio financeiro” alegado pelas empresas de ônibus

Todos os vereadores da Câmara de Feira de Santana assinaram esta semana um requerimento pedindo à administração municipal que apresente informações prestadas pelas empresas de ônibus Rosa e São João sobre o suposto “desequilíbrio financeiro” reclamado por elas no contrato mantido com a Prefeitura. O autor da proposição, o vereador Paulão do Caldeirão (PSC), pretende que o documento seja suprapartidário “pela importância dos esclarecimentos para a sociedade”. As operadoras do sistema de transporte coletivo ingressaram com ação na Justiça pedindo indenização, diante do alegado prejuízo. De acordo com o requerimento, as empresas devem apresentar as planilhas e os registros que justifiquem o déficit alegado e a suposta responsabilidade do Poder Executivo. Diante da receptividade dos colegas, o vereador e radialista diz que a harmonia na Casa é “reflexo de um Legislativo de credibilidade, forte e independente”. Segundo ele, os vereadores não vão permitir que “forasteiros sem nenhuma comprovação peçam indenização ao Município”.
Idosos acima de 90 anos devem fazer agendamento prévio para garantir vacinação
Cuidadores, familiares ou responsáveis de um idoso acima de 90 anos devem fazer agendamento prévio para garantir a dose do imunizante contra a Covid-19 a partir desta quinta-feira (04). O agendamento e a vacinação serão realizados nas 103 Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município. Os responsáveis devem levar um documento de identificação com a foto do idoso e o comprovante de residência. Vale salientar que os idosos não precisam ir pessoalmente fazer o agendamento. Idosos com dificuldade de locomoção poderão ser vacinados em domicilio. A observação poderá ser comunicada na hora do agendamento.
Confira o escalonamento da vacinação:
1- idosos de 95 anos ou mais começarão a ser vacinados amanhã (05);
2- Idosos 94 anos ou mais serão vacinados na segunda-feira;
3- Idosos de 93 anos ou mais serão vacinados na terça-feira;
4- Idosos de 92 anos ou mais serão vacinados na quarta-feira;
5- Idosos de 91 anos ou mais serão vacinados na quinta-feira;
6- Idosos de 90 anos ou mais serão vacinados na sexta-feira.
Colbert publica nomeação de vereadora para nova secretaria
O Diário Oficial desta quinta-feira (4) confirmou a nomeação da vereadora Gerusa Sampaio (DEM) para Secretaria Municipal Extraordinária de Políticas para as Mulheres. A criação da Secretaria foi uma promessa de campanha do prefeito Colbert Filho (MDB), que transformou a Secretaria Municipal Extraordinária de Relações Institucionais em Secretaria Municipal Extraordinária de Políticas para as Mulheres. Gerusa está no quinto mandato e foi a mulher mais votada da eleição 2020, com 5.252 votos.
Vacinação em drive-thru suspensa a partir desta quinta-feira em Feira de Santana
A vacinação contra Covid-19 em drive-thru será suspensa a partir desta quinta-feira, 4, em Feira de Santana. Os grupos prioritários desta etapa, que são profissionais e trabalhadores da saúde, voltarão a ser vacinados por equipes volantes em ambiente de trabalho. “Com o drive-thru foi possível acelerar a vacinação e alcançamos nossa meta principal, que era chegar aos 75% das doses em estoque destinadas ao público da primeira etapa. Com isso, vamos suspender essa estratégia por um momento”, explicou o secretário de Saúde, Edval Gomes. Ele afirma ainda que os estabelecimentos de saúde podem solicitar a vacinação dos funcionários por meio de ofício destinado a Rede de Frio, da Secretaria Municipal de Saúde. Edval Gomes acrescenta que os idosos acima de 90 anos serão vacinados tão logo o município receba nova remessa do imunizante. “Estamos articulando a chegada de mais doses”, pontuou. Quilombolas, idosos institucionalizados, idosos deficientes e acamados, incluindo funcionários de Instituições de Longa Permanência Para Pessoa Idosa (ILPI) – também incluídos nesta etapa – foram vacinados.
Secretário feirense reconhece que profissionais de saúde podem ter recebido vacina de forma indevida
Em entrevista coletiva, o Secretário de Saúde de Feira de Santana, Edval Gomes, respondeu questionamento do Blog do Velame e explicou que não compactua com esse tipo de atitude e informou que aumentar a restrição pode ser a solução.