Reajuste salarial, piso nacional e plano de carreira: APLB apresenta série de reivindicações à Secretaria de Educação de Feira
Na manhã da última terça-feira (18), os professores da rede municipal de educação realizaram uma paralisação, visando sensibilizar as autoridades competentes às reivindicações que são apresentadas pela categoria, consideradas fundamentais.
Os profissionais se dirigiram até a sede da Secretaria de Educação (Seduc), sendo recebidos pela subsecretária, uma vez que o titular da pasta cumpria agenda de viagem. Por este motivo, não houve nenhuma resposta às pautas, segundo a diretora da APLB Sindicato, Marlede Oliveira.
A categoria reivindica o reajuste salarial de 6,27 % e o cumprimento do piso nacional; a reformulação do Plano de Carreira; as licenças prêmio e pecúnia; o pagamento dos precatórios do Fundef; a eleição para diretores e vices; o cumprimento do Plano Municipal de Educação e a reserva de um terço da carga horária para os professores da EJA e contratados através do REDA.
Entre as pautas defendidas pela APLB também estão melhores condições de trabalho, equipamentos e materiais escolares, uma educação inclusiva e de qualidade, com a formação continuada. A categoria também chama a atenção para o déficit de professores e funcionários;
“Nós temos uma pauta extensa, mas o Governo disse que vai se reunir e na próxima semana dá uma resposta às reivindicações. Quero aqui dizer que a categoria, lá mesmo na Seduc, fez uma grande assembleia, com a presença dos trabalhadores, professores e funcionários, quando aprovamos que, na próxima semana, terça-feira (25), na sede da APLB Sindicato, haverá uma assembleia dando prazo ao Governo, que precisa dar uma resposta até este dia”, anunciou Marlede.
Os profissionais da rede municipal tentam o diálogo ainda sobre as aposentadorias, o concurso público realizado no ano passado e o cumprimento das decisões judiciais: alteração de carga horária, mudança de referência e devolução dos salários cortados em 2020.
Diretora da APLB Feira confirma pré-candidatura à vereadora: ‘Precisamos ter representações’
Atuando na militância partidária desde a adolescência, Marlede Oliveira herdou do pai a bandeira comunista, a qual busca defender até hoje, no auge dos seus 68 anos. Sua trajetória perpassa diretamente pelo movimento sindical, sempre na luta pela pauta da educação.
É com esse repertório que a presidente da APLB Feira busca alcançar uma cadeira na Casa da Cidadania. Ao Blog do Velame, Marlede confirmou, com exclusividade, que é pré-candidata a vereadora pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB).
“É verdade (a pré-candidatura). Sou do Partido Comunista, filiada há uns 49 anos. Sou do movimento sindical, já fui candidata no passado, em 2000, e entendo que a nossa categoria precisa de representação dentro da Câmara. O parlamento exige a representação de vários setores da nossa cidade, quanto mais a nossa luta pela educação. O nosso sindicato é muito representativo e atuante”, disse.
Embora esteja desde 2015 na direção da regional, sua atividade sindicalista teve início da década de 80, ajudando a fomentar a organização em diversos municípios da região. Ao ser questionada sobre a imparcialidade da categoria, diante da sua alçada, a professora recordou que é legítimo o fato do sindicato ter também uma linha ideológica.
“Sou do movimento sindical desde 1982, desde a base. Já fui da regional da APLB, criei o sindicato na região toda, e estou desde 2015. A direção antiga tinha um slogan de sindicalismo sem partidarismo, o que não concordamos, porque todo mundo tem partido. Eu sou comunista. Meu pai era comunista e herdei essa luta. Todos me conhecem, sempre levantando a bandeira do comunismo, de uma sociedade igualitária”, justificou.
Na última semana, a sigla realizou a sua conferência municipal, e a expectativa é de que outras candidaturas se somem na empreitada, com militantes da saúde, da educação e de outros segmentos da cidade. “Precisamos ter representações. Somos de um partido da classe trabalhadora, do proletariado, da classe operária”, concluiu ao Blog.
Por ofensa no Facebook, ex-secretária de educação é condenada a indenizar diretora da APLB
A participação da diretora da APLB Feira, Marlede Oliveira, no programa Velame Para Quem Merece, desta quarta-feira, 13, ficou marcada por críticas ao Governo Municipal. A sindicalista reclamou da falta de diálogo do prefeito Colbert com os professores. “O que Colbert não é de conversa, de diálogo não é brincadeira. Ele não vai fazer falta, não vai deixar saudade.” Marlede também revelou que é bastante perseguida nas redes sociais por conta do trabalho realizado à frente da APLB. “Sou xingada no Facebook, Zap, Instagram”. Uma dessas ofensas, segundo ela, resultou em um processo judicial contra a ex-secretária de Educação de Feira de Santana, Jayana Ribeiro. “Eu ganhei na justiça da secretária de educação porque em 2016, durante uma greve, ela me chamou de alcoólatra no Facebook, de desequilibrada, um bocado de coisa. Ganhei uma indenização na justiça e vou comemorar com feijoada e chamar os trabalhadores da educação” contou.
Assista a entrevista com a professora Marlede na íntegra no nosso canal do Youtube: