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Cultura / 02 de agosto de 2023 - 02h 26m

Agosto Lilás: Conheça a história de ‘Fatinha’, pioneira na defesa dos direitos das mulheres

Agosto Lilás: Conheça a história de ‘Fatinha’, pioneira na defesa dos direitos das mulheres
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Agosto Lilás. Você já ouviu falar sobre esse termo? Trata-se de uma campanha idealizada para celebrar o aniversário da Lei Maria da Penha, que reafirma a importância da conscientização sobre a violência contra a mulher. Neste mês, o Blog do Velame vai realizar uma série de entrevistas com pessoas fundamentais nesta luta em Feira de Santana.

Para abrir a nossa série, convidamos uma pessoa que raramente concede entrevistas, mas que tem muito para falar e apesar da pouca estatura, é uma gigante na luta feminista: Maria de Fátima Souza, ou melhor, Fatinha, como é mais conhecida.

Nascida no distrito de Quixabeirinha, na cidade de Nova Soure, distante 150 quilômetros de Feira de Santana, Fátima teve infância e adolescência difíceis. Questionada sobre as memórias do passado, ela prontamente respondeu: “Nem sei o que é isso”. Ainda jovem, se mudou para a Princesa do Sertão para trabalhar como babá, mas rapidamente se aventurou em outras empreitadas.

Anos depois, já na década de 80. Fatinha ingressou no Partido dos Trabalhadores e ao lado de outras militantes, fundou o Centro de Estudos das Mulheres. Uma das conquistas desse grupo, com a participação de diversos outros personagens, foi a instalação da Delegacia de Atendimento à Mulher em Feira de Santana. Atualmente, Fatinha lidera o Momdec, Movimento de Organização de Mulheres em Defesa da Cidadania.

“Nós sempre acompanhamos as mulheres na delegacia, vamos para a Justiça com elas. Fazemos bate-papos em comunidades, escolas, associação de moradores, às vezes, vou até na casa delas para conversar”, contou.

LUTA FEMINISTA

Quando perguntada sobre onde existe espaço para avançar na garantia dos direitos das mulheres e no combate à violência, Maria de Fátima cobrou respeito das autoridades.

“As leis são importantes e elas só existem por causa da luta, porém apenas as leis não adiantam. Porque tudo que aconteceu, foi por conta da nossa luta. Não basta ter os órgãos para dizer que tem. O que precisamos é que os governantes cumpram o seu papel e possam dar condições para que [os órgãos em defesa das mulheres] possam trabalhar adequadamente. Nós, mulheres, somos maioria eleitoral, mas não ficamos nunca em primeiro lugar”, disse a militante.

RECADO PARA A COMUNIDADE

Nesta série de entrevistas especiais, o Blog pediu que as personagens transmitissem um recado para toda a sociedade. O de Fátima destaca a garantia dos direitos. “Nós, mulheres, também somos construtoras desse país. Por isso, é importante que a nossa luta pelo direito à vida, de sermos respeitadas como seres humanos, precisa ser a luta de toda a sociedade”, finalizou.


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