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Feira de Santana / 06 de agosto de 2020 - 10h 14m

Feirense foi transplantado duas vezes com órgãos dos irmãos

Feirense foi transplantado duas vezes com órgãos dos irmãos
Valdinei Ramos recebendo alta. Foto:HDPA
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Dandara Barreto

A fila do transplante de órgãos no Brasil tem, de acordo com  a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, em média 45 mil pessoas, que costumam esperar no mínimo dois anos para conseguir realizar o transplante com compatibilidade.
Um feirense contrariou as estatísticas e conseguiu, pela segunda vez em sua vida, um novo rim.
O gerente comercial Valdinei Ramos de Lima, fez o primeiro transplante de rim aos 18 anos, em 1995, no Hospital Dom Pedro de Alcântara/Santa Casa, que é referência na Bahia para este procedimento. Ele foi um dos primeiros pacientes a ser transplantado em Feira de Santana. Na ocasião, o rim doado veio de um dos seus irmãos, que apresentou 100% de compatibilidade.
Ele ficou em acompanhamento ambulatorial por 25 anos, mas, começou a ter complicações e necessitava começar logo a fazer hemodiálise. Aquele órgão que salvou a sua vida precisava ser substituído. Mais uma vez, o amor de irmãos salvou a sua vida. Agora, a doadora foi uma irmã. Novamente, houve 100% de compatibilidade e o novo transplante aconteceu no último dia 27 de julho, no mesmo hospital, 25 anos depois.
Segundo o médico nefrologista Tulio Carvalho, que acompanha Valdinei no Hospital Dom Pedro de Alcântara/SantaCasa, o retransplante é algo muito incomum e normalmente acontece quando o paciente tem má adesão medicamentosa ou quando ele passa muito tempo com um rim antigo.
Ainda segundo o médico, os pacientes ficam em média 30 meses na fila do transplante e o tipo sanguíneo influencia muito.
O paciente que tem sangue tipo O só pode receber rim de doadores O. Os que possuem sangue do tipo A podem receber de O ou A. Os receptores B podem receber de O ou B e os receptores AB podem receber de qualquer tipo sanguíneo. Quanto maior a compatibilidade, melhor”, afirma.
O serviço de transplantes do Hospital Dom Pedro de Alcântara/Santa Casa de Misericórdia de Feira de Santana foi implementado no ano de 1989. De lá até hoje, foram realizados 267 transplantes.
Os transplantes renais são realizados pela equipe médica da Santa Casa em parceria com as clínicas Urosaúde e Senhor do Bonfim.
Esse ano, 36 transplantes de rim foram realizados na Santa Casa de Misericórdia de Feira de Santana. Em relação ao ano passado, a oferta está menor, devido à pandemia do Novo Coronavírus, que fez diminuir a quantidade de órfãos ofertados. Em 2019, até o mês de setembro, foram realizados 49 transplantes.   “A pandemia mudou completamente o fluxo de funcionamento. Foi preciso acrescentar ao protocolo médico de todos os pacientes o teste RT-PCR e tomografia para reduzir ao máximo o risco de contaminação por Covid-19”, conta o médico.   Valdinei já está em casa e tem se adaptado muito bem ao novo órgão. Ele conta que é muito grato pela sorte de poder viver mais e melhor, graças a atitude da sua irmã. “Agora é esperar o tempo, curar 100% e retomar a minha vida com a minha família e tocar a vida em frente”, disse, esperançoso o felizardo Valdinei.   

 


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