Segundo apurado pelo Blog do Velame, a mãe da paciente contou que a médica durante o exame, indagou a criança com uma pergunta racista: “você é filha de macaco ou de urubu?”. Revoltada, ela chamou a Polícia Militar, mas quando os policiais chegaram a médica já tinha deixado o local.

Uma queixa foi registra na ouvidoria do IHEF e os envolvidos foram orientados pela PM a se dirigir também para delegacia e registrar boletim de ocorrência. A médica, identificada como Margarete Pimparel Vital, que é ultrasonografista, foi procurada pelo blog, mas não conseguimos contato. O IHEF, empresa com 39 anos de atuação em Feira de Santana, enviou o seguinte comunicado quando procurado pelo Blog do Velame: “O IHEF tomou conhecimento do fato, afirma não compactuar de forma alguma com manifestações racistas e está à disposição das autoridades para o que for necessário. A instituição afirma ainda que já instaurou sindicância interna para apuração dos fatos e evolução das medidas administrativas cabíveis”.

O blog apurou ainda que Margarete Vital também atua no Hospital Dom Pedro de Alcântara e no Hospital Geral Clériston Andrade.

Vale ressaltar, que foi publicada no Diário Oficial da União do último dia 12 de janeiro a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Lei 14.532, de 2023, que tipifica como crime de racismo a injúria racial, com a pena aumentada de um a três anos para de dois a cinco anos de reclusão. Enquanto o racismo é entendido como um crime contra a coletividade, a injúria é direcionada ao indivíduo.