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Feira de Santana / 21 de maio de 2021 - 09H 54m

Sindicato dos Servidores Municipais não consegue explicar dívida de R$800 mil com Unimed

(Reportagem do Jornal Folha do Estado)

Servidores municipais de Feira de Santana foram surpreendidos, na semana passada, ao tentar utilizar os serviços do plano de Saúde Unimed e serem informados de que o atendimento foi suspenso. A empresa alega falta de alta de pagamento. Porém, a Prefeitura de Feira de Santana diz que o Governo Municipal não possui dívidas junto ao Plano de Saúde Unimed. Segundo o secretário de Fazenda, Expedito Eloy, a relação entre as verbas que são repassadas para o plano de saúde, o trajeto entre cofres da Prefeitura, até os cofres da Unimed não é direto.

“O plano de saúde é a opção do servidor. O servidor não contrata o plano diretamente com a Unimed. Ela contrata uma empresa, uma agenciadora e ao invés do servidor ir até a empresa, ele se dirige a essa agência nova e contrata o plano. Então como é um processo de consignação, o servidor autoriza se quiser que a mensalidade seja descontada no contracheque dele”, explica o gestor. Eloy afirma que essa é uma operação onde a prefeitura não tem relação direta. “O prefeito já se envolveu com um processo e já disse que, embora, a prefeitura não tenha uma relação direta, ainda sim é o servidor. Portanto os cuidados são tomados. Agora, a gente ratifica é uma opção, a prefeitura não impõe, o município não acompanha, não tem contratações envolvendo o município, é uma opção do servidor”, diz.

O valor do repasse mensal para este tipo de serviço em que a empresa Unimed está envolvida chega a ser, em média mensal, R$ 176 mil nos últimos três meses (fevereiro, março, abril). “A gente está em maio e não consigo ainda fechar os números de maio, então a média dos últimos três meses dá R$ 176 mil reais, ou seja, R$ 528 mil reais acumulado de fevereiro, março, abril”, conta Eloy. O secretário interino de Administração, José Marcondes de Carvalho, também afirma que o contrato com o convênio de saúde não é feito pela Prefeitura, mas diretamente com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais. “O que a Prefeitura faz, apenas, é recolher os valores dos servidores e repassar para a operadora, inclusive neste mês o repasse já foi feito, mesmo com o vencimento sendo no dia 10”, explica.

José Marcondes acrescenta, ainda, que o problema deve ser verificado junto à entidade sindical que firmou a contratação. “Ciente da situação descrita na matéria, mantive contato com o plano de saúde e fui informado que ele não foi suspenso, está ativo e funcionando normalmente”, pontua.

Informações extraoficiais indicam que o debito junto a Plena está na casa dos R$ 800 mil. Porém, fica claro que esse débito não é dos servidores da prefeitura nem tão pouco da instituição. O que carece de explicação clara é a origem desse débito volumoso, e só quem pode fornecê-lo é o Sindicato dos Servidores e a Plena. Será que tem algum contrato de uma outra empresa celebrado entre o sindicato e a Plena? Essa é uma situação em que a prefeitura tem que acionar sua procuradoria para, junto ao Ministério Público, buscar a verdade. Afinal o nome da prefeitura está sendo utilizado como uma devedora, que no caso seria uma apropriação indébita. Para o presidente do Sindesp, Hamilton Ramos, todo pagamento está sendo honrado pela prefeitura de Feira de Santana, ele admite que a prefeitura nada deve e ao que tudo indica, os servidores também não, uma vez que a mensalidade está sendo paga com desconto em folha. Na entrevista que foi feita com o sindicalista, ele não consegue, de forma clara, explicar a situação.

Admite que a prefeitura está pagando em dias, mas não explica o porque de um debito tão volumoso. O presidente informou ainda que essa divida existente já houve um acordo de parcelamento, mas só a primeira parcela de R$ 170 mil foi quitada. A equipe do Jornal Folha do Estado procurou a empresa Plena, mas a responsável pela corretora não atendeu a nenhuma das chamadas. No endereço registrado pela empresa, funcionários informaram que Graça, a responsável, estaria em viagem. Mesmo deixando o telefone para contato, não houve retorno.

Política / 16 de abril de 2021 - 10H 08m

ACM Neto destaca opções para 2022 e papel de José Ronaldo em articulações

O presidente nacional do Democratas, ACM Neto, disse na noite de quinta-feira (15) que não tem outra opção para as eleições de 2022 a não ser disputar o cargo de governador. Ex-prefeito de Salvador, Neto descartou qualquer possibilidade de ser candidato a outro posto eletivo no pleito do próximo ano, mas frisou que o momento ainda não é de definição, pois a prioridade é o combate à pandemia do coronavírus.  “Só tenho uma opção: disputar o governo da Bahia. Com isso, não estou dizendo que sou candidato ainda, porque tudo tem que ser tratado no momento certo. Não quero ser candidato a presidente, a vice-presidente, senador ou deputado. Agora, a confirmação de uma pré-candidatura acontecerá quando essa fase mais dura da pandemia passar. Hoje, a prioridade é superar a Covid-19. Mesmo eu não sendo mais prefeito, tenho obrigação de ser solidário a quem está sofrendo”, disse em entrevista ao programa Altos Papos, da Rádio Princesa FM de Feira de Santana.  ACM Neto afirmou ainda que o ex-prefeito de Feira José Ronaldo de Carvalho (DEM) tem papel de destaque nas articulações para 2022. “Zé Ronaldo, que tem conversado frequentemente comigo, pode ocupar qualquer cargo na vida pública da Bahia. É um homem de grande capacidade política, administrativa e tem palavra, compromisso. Mas como nem eu confirmei a minha candidatura ainda, não poderia atropelar as coisas e falar em composição de chapa”, ponderou.  “Zé Ronaldo é um nome que tem peso político e pode pleitear qualquer posição em uma chapa majoritária, sem dúvida. Mas tenho certeza que o objetivo maior dele, como é o meu, é oferecer o melhor caminho para a Bahia. Não colocamos o interesse individual na frente do interesse maior, que é o de ajudar a Bahia. Mas estamos fazendo um planejamento conjunto e Zé Ronaldo é uma das peças mais importantes na construção desse projeto em 2022”, acrescentou.

Feira de Santana / 04 de abril de 2021 - 11H 08m

Pesquisa avalia atuação dos agentes de trânsito em Feira de Santana

O Blog do Velame teve acesso ao relatório de uma pesquisa, realizada pela Economic Consultoria & Pesquisa, encomendada por empresários de logística de Feira de Santana e região.  No relatório parcial, um dos temas abordados ao público é a avaliação do serviço dos agentes de trânsito de Feira de Santana.  Realizada em março, a pesquisa aponta uma insatisfação dos feirenses com o serviço. Dos entrevistados, apenas 5% consideram o serviço ótimo. 21% valiam como bom, 39,67% regular, 10,66% ruim e 22,67 péssimo. 1% dos entrevistados não respondeu.  A pesquisa ouviu 300 pessoas e tem nível de confiança estimado em 95%. Na pergunta, “Se o senhor fosse convidado a dar algumas sugestões para o trabalho dos agentes de trânsito do município, qual sugestões daria?”, a resposta mais assinalada foi “melhor distribuição dos agentes pela cidade, mais orientação a população”. A segunda mais assinalada foi 22 perguntas foi “Mais educação, preparo, ética e calma com os condutores”, seguida de “menos abuso de poder e mais tolerância”. Pesquisas desse tipo, servem para orientar empresários antes de abrir um negócio ou de ampliar a gama de produtos e serviços ofertados. Dessa forma é possível saber o potencial do mercado e antecipar possíveis problemas, informou um empresário de logística ao blog.

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Saúde / 31 de março de 2021 - 16H 40m

OMS recomenda que ivermectina não seja usada para tratar pacientes com Covid-19

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou  que “não se utilize a ivermectina” para pacientes com Covid-19, exceto em ensaios clínicos, de acordo com um comunicado divulgado nesta quarta-feira. A ivermectina é um antiparasitário comumente usado e muito divulgado nas redes sociais, mas, de acordo com o grupo de especialistas da OMS, os dados de estudos clínicos para medir sua eficácia contra a Covid-19 não produziram resultados conclusivos.

— Nossa recomendação é não usar ivermectina para pacientes com Covid-19, independentemente do nível de gravidade ou duração dos sintomas — disse Janet Díaz, chefe da equipe de resposta clínica à Covid-19 da agência da ONU, em uma entrevista coletiva.

Ele ressaltou que a única exceção a esta recomendação, com base no estado atual da pesquisa, é para os ensaios clínicos. No Brasil, um grupo de associações médicas divulgou uma nota, na semana passada, defendendo que medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19, como a ivermectina e a cloroquina, tenham sua utilização “banida”. Os remédios citados são defendidos pelo presidente Jair Bolsonaro. Segundo médicos do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) e do hospital da Universidade de Campinas (Unicamp), o uso indiscriminado de medicamentos do chamado “kit Covid”, como a ivermectina, levou ao menos quatro pacientes a desenvolverem graves de lesões no fígado, que demandam até necessidade de transplante.

Os especialistas da OMS basearam suas conclusões em um total de 16 ensaios clínicos randomizados com 2.400 participantes. Alguns desses ensaios compararam a ivermectina com outras drogas. O número de estudos comparando ivermectina com placebo “é muito menor”, disse o Bram Rochwerg, pesquisador da Universidade McMaster no Canadá e membro do painel da OMS que conduziu a avaliação. Tanto Díaz quanto Rochwerg disseram que as recomendações serão atualizadas à medida que novas pesquisas confirmam ou expandem o estado atual de conhecimento. A recomendação da OMS, a primeira sobre a ivermectina, junta-se à da Agência Europeia de Medicamentos, que também não recomenda seu uso exceto em ensaios clínicos. O regulador americano, a FDA, também explica em seu site porque a ivermectina não deve ser usada. (As informações são do Jornal O Globo)

Feira de Santana / 29 de março de 2021 - 12H 10m

Hapvida de Feira de Santana acusada de obrigar médicos a prescrever Kit Covid 

Hapvida de Feira de Santana acusada de obrigar médicos a prescrever Kit Covid 
Em mensagens de Whatsapp, coordenador da Hapvida em Feira cobra que médicos prescrevam um kit ineficaz para tratar covid-19 aos pacientes.

“Tivemos uma queda expressiva da prescrição do kit covid no dia de ontem, saímos de 70% para 25%, o que houve?”.  O questionamento feito no grupo do WhatsApp “Somente clínicos HV” evidencia uma prática questionável, no tratamento de pacientes com sintomas de covid-19, adotada pela coordenação médica da operadora de saúde, Hapvida de Feira de Santana.  A mensagem enviada pelo médico Breno Leão, diretor técnico hospitalar, é apenas uma de muitas que circulam nos grupos de WhatsApp de médicos que prestam serviços à empresa e que o Blog do Velame teve acesso.

O chamado “kit Covid” é prescrito pelos médicos da Hapvida, mesmo com a ciência dizendo que eles não funcionam. Hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina fazem parte do chamado tratamento precoce, que segundo cientistas e instituições de pesquisa renomados, não funciona. Dois profissionais que trabalham na rede conversaram com a reportagem anonimamente. Eles afirmaram que a diretoria da operadora obriga os médicos a incentivar o uso do kit e liga para os pacientes para confirmar se lhes foi oferecido o “tratamento precoce”. A versão dos profissionais de saúde se confirma com uma das mensagens que o blog teve acesso. No grupo, “Troca Plantões Hapvida”, Breno Leão escreveu: “A rede está ligando para os pacientes para confirmar tanto a prescrição, liberação e se estão levando pra casa”. Os atendimentos são feitos  em Feira de Santana no Hospital Francisca de Sande, que recebe exclusivamente pacientes da operadora.

O médico Carlos Starling, condutor científico da Sociedade Brasileira de Infectologia, foi enfático sobre a prescrição do kit. “Isso não passa de charlatanismo”, disse em entrevista à rede Globo.

Em recente reportagem exibida pelo Fantástico, especialistas acenderam um sinal de alerta: os efeitos colaterais dessas drogas podem estar levando pacientes para a fila de transplantes. Em São Paulo, já pode ter provocado a morte de três pessoas. Luiz Carneiro, diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia de Fígado do HC-SP, afirmou existir um aumento de pacientes com indicação de transplante que tomaram ivermectina. A ivermectina é um vermífugo usado para combater parasitas, como lombrigas e piolhos; a cloroquina é usada no tratamento de malária, lúpus e artrite reumatóide; e a azitromicina é um antibiótico. As vendas de hidroxicloroquina subiram 173% em fevereiro desse ano em relação ao ano passado e as de ivermectina, mais de 700%.

Em nota, a Associação Médica Brasileira (AMB) disse que o kit covid deve ser banido. “Não passa pela liberdade do médico prescrever aquilo que é ineficaz, que tem risco”, disse César Eduardo Fernandes, presidente da AMB.  Apesar das recomendações contrárias ao uso, a direção da Hapvida segue pressionando que o kit seja prescrito. “Os últimos 3 dias foram aquém do esperado na prescrição do kit covid. Por favor peço aos senhores a adesão ao protocolo e a devida prescrição do kit”, cobrou, mais uma vez, Breno Leão aos médicos em um grupo.

 

Quando a meta é batida, o diretor elogia os subordinados. “Vamos ficar atento à prescrição do kit hidroxicloroquina. No domingo os plantonistas estão de parabéns”, destacou. Respondendo uma postagem do Blog, usuários do Twitter confirmam que já foram orientados a usar o kit covid em atendimento na Hapvida de Feira de Santana. Ana Flavia relatou que fez consulta com uma ginecologista e ela a instruiu a fazer o tratamento precoce.  Pedro Machado contou que foi diagnosticado com covid-19 e que o médico que o atendeu na Hapvida prescreveu o kit. Edu Marques relatou o mesmo procedimento. “Fui atendido lá no começo do mês, o médico prescreveu e o hospital me deu o remédio”, disse.  Ao todo, foram mais de 15 relatos de pacientes da Hapvida de Feira com sintomas de covid-19 que tiveram como prescrição médica, o kit covid.

Um dos médicos ouvidos pelo blog explicou como funciona o sistema da empresa. “Todo mundo que você atende gera um CID. Qualquer CID que possa ser covid (tosse, gripe, dor de garganta) vai gerar um protocolo e o médico vai preenchendo passo a passo e no final tem a indicação de prescrição. Sempre aparece a mesma coisa, receitar kit covid”, relatou.  CID são códigos representados por números que fazem parte do conjunto de Códigos Internacionais de Doenças, reconhecido como CID 10, o qual é responsável por determinar e classificar doenças, assim como sintomas, queixas, causas externas, sinais, aspectos anormais e circunstâncias sociais para doenças ou ferimentos.

Casos assim não acontecem apenas em Feira de Santana. Em Fortaleza, o médico Felipe Nobre relatou para BCC ter sido dispensado após se recusar a prescrever hidroxicloroquina a pacientes com covid-19, na Hapvida da cidade (clique AQUI e leia). Os médicos ouvidos pela reportagem relataram que decidiram não denunciar a pressão da operadora por medo. Segundo os profissionais, trata-se de um grupo muito forte. Eles temem represálias profissionais caso se identifiquem e levem o caso aos conselhos responsáveis.  O Código de Ética Médica destaca que o profissional de saúde não pode sofrer pressão para adotar determinado remédio.

Procurada, a Hapvida inicialmente não respondeu aos contatos, entretanto após a publicação da reportagem enviou a nota abaixo:

Nota à imprensa

Sempre respeitamos a soberania médica quando o objetivo é salvar vidas. Dentre os 4 mil médicos das emergências e urgências da rede, aproximadamente metade adotou a hidroxicloroquina no tratamento conforme sugerido em protocolos dinâmicos, elaborados por um comitê médico internacional que se apoia em evidências clínicas e critérios do CFM – Conselho Federal de Medicina diante da excepcionalidade da situação, para prescrição em pacientes com sintomas leves no início do quadro clínico, em que tenham sido descartadas outras viroses (como influenza, H1N1, dengue), e que tenham confirmado o diagnóstico de COVID 19, desde que em comum acordo com os pacientes. A outra metade, utiliza outras drogas. Isso comprova a total liberdade de tomar uma condução terapêutica. Importante destacar que que não há registros de internações resultantes de qualquer efeito colateral pelo uso do medicamento; que acompanha atentamente a jornada de todos os pacientes até o desfecho de cada caso. Para nós, cada vida importa. Não hesitamos na hora de garantir o acesso à saúde, com os melhores protocolos médicos e medicações que se mostraram, em nossa experiência clínica, eficientes no enfrentamento do vírus, sobretudo no início dos sintomas.

Feira de Santana / 05 de março de 2021 - 15H 58m

Projeto para divulgar e viabilizar apoio a empreendimentos culturais negros é lançado em Feira de Santana 

O Talk Show Lu Convida – Uma Prosa Preta realiza entrevistas com empreendedores culturais negros, nos dias 7, 14, 21 e 28 de março. Todas aos domingos, a partir das 17 horas, e transmitidas no canal do projeto, no Youtube. Idealizado pela empreendedora, gestora, produtora e ativista cultural Luciana Silva, o projeto é pioneiro em Feira de Santana e tem como propósito divulgar e viabilizar apoio financeiro e institucional, para segmentos à margem de investimentos de mercado ou da agenda convencional da política de cultura. “Os processos criativos são importantes para geração de trabalho, renda e riqueza econômica e os movimentos culturais, quer sejam os da tradição, quer sejam os atuais, devem ser reconhecidos e fortalecidos como necessários para a configuração e estabelecimento da cultura contemporânea, que revela a realidade presente e promove profundas mudanças na cena urbana”, frisa a idealizadora. Além das entrevistas, o Talk Show terá roda de conversa virtual com a equipe realizadora, que vai compartilhar experiências no segmento cultural feirense, apresentações e intervenções artísticas e participação do público, previamente inscrito. Os participantes poderão enviar perguntas através do chat. Haverá ainda apresentações de vídeos e depoimentos no quadro intitulado Vitrine de Projetos, onde os selecionados poderão mostrar suas ações para o público e potenciais apoiadores. Estão confirmados para o primeiro talk show o MC Preto Charus, do grupo de Rap Met’Eufóricos; Patrícia Núbia, professora de história, filosofia e sociologia (Uefs); Liz Kaapora, educadora popular, militante da economia popular e solidária, sócia da LIMPTUDO FSA; Rafael Roots, técnico em Higienização de Estofados e Esteticista automotivo, também sócio da LIMPTUDO FSA; Flavia Silva, da Tudojunto produtora audiovisual Independente; e Everton Antônio, licenciado em música pela Uefs, músico de rua, agente e ativista cultural.  A realização do projeto atende ao diagnóstico cultural de Feira realizado em 2016, que foi construído a partir das concepções do Sistema Nacional de Cultura e da visão da cultura como fator de desenvolvimento humano, seguindo as orientações da ONU/UNESCO. Já a seleção dos participantes das entrevistas atende a critérios de reconhecimento de sua identidade racial negra e a sua atuação na cultura local.  A ação tem o apoio financeiro da Prefeitura de Feira de Santana, através da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer via Lei Aldir Blanc, direcionado pela Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo, do Governo Federal.  Interessados em apoiar ou investir no projeto podem entrar em contato com os organizadores através do WhatsApp (75) 982958686 ou pelo e-mail: [email protected]. Mulher negra com formação em Administração de Empresas pela Universidade Estadual de Feira de Santana, Luciana Silva atua com desenvolvimento de pessoas, equipes e grupos no segmento cultural em Feira de Santana.

Feira de Santana / 03 de março de 2021 - 14H 34m

Pais e professores relatam desinformação sobre volta às aulas em Feira de Santana

Por causa da pandemia da covid-19, escolas de todo país suspenderam as aulas presenciais e passaram a buscar alternativas de manter o processo de ensino enquanto durante a quarentena. Na rede pública municipal de Feira de Santana todas as tentativas foram frustradas até então. Pais de alunos e professores relataram ao Blog do Velame que em 2020 o ensino remoto não aconteceu. Em 2021, a nova Secretária de Educação, a professora Anaci Paim, assumiu a pasta prometendo o retorno das aulas para fevereiro, o que não aconteceu. A secretaria alega que uma licitação está em curso para adquirir tecnologia de uma plataforma de conteúdo, que viabilizaria o inicio das atividades remotas.  A reportagem conversou com três professoras da rede municipal: Lumena, Sarah e Juliette. Os nomes reais foram mantidos em sigilo, a pedido das entrevistadas, que temem retaliações.

Lumena ensina em uma escola da zona rural e confirma que nenhuma atividade online foi realizada em 2020. “Os alunos foram largados à própria sorte, abandonados e tudo indica que isso vai se repetir em 2021, porque até agora não sabemos de nada. A Secretaria de Educação não nos informou nada e já estamos em março”, disse. A professora Juliette reforçou que os docentes não sabem nada além do que foi divulgado na mídia. “Tivemos uma reunião com a Secretária de Educação no mesmo período que ela apareceu na TV falando do que estava sendo feito em prol do retorno. Mas ainda não fomos convocados para mais nada além dessa reunião e dos questionários sobre as mídias disponíveis”, explicou. Esse questionário das mídias disponíveis foi enviado a todos os professores para averiguar o que cada um deles teria disponível para utilizar nas atividades, como como celular, computador e wifi.

Sarah ensina na rede municipal há 10 anos e não acredita que o modelo pensado pela Prefeitura de Feira dará certo. “Os projetos pedagógicos das escolas devem ser revistos pensando em cada comunidade. A realidade de quem está na Matinha é diferente de quem está em um bairro no centro da cidade, onde o acesso a internet é mais fácil e mais barato”. A professora acredita que essas plataformas licitadas pela Secretaria irão ajudar muito pouco. “Alguns alunos vão se sentir excluídos, os que têm deficiência de atenção, por exemplo. Será que eles estão sendo levados em consideração nesse processo? Não sabemos. Não somos ouvidos, somos apenas comunicados. É um caos”. Outro problema relatado pelas professoras é a falta de merenda. A grande maioria das crianças da rede pública vive em situação de vulnerabilidade. “A prefeitura só entregou duas cestas básicas durante toda jornada de pandemia e sabemos que isso agrava a situação dos nossos alunos mais pobres. Muitos têm a escola como principal fonte de alimentação”, lamenta Lumena.

Ellianjose Ayres, que é mãe de aluna da CEB Uefs, escola que pertence à Rede Municipal de Educação, não sabe o que vai acontecer. “Municípios menores, mais pobres resolveram a situação dos seus alunos e Feira nada. O pior é que só emitem a transferência com o ano anterior em curso e não permitem que as escolas que querem resolver a situação em conjunto com os pais, o façam”, reclama. Ellianjose falou ao blog em nome do coletivo e pais do CEB, que estão revoltados com a situação de descaso do município. Para ela, algumas pessoas podem ter ouvido as entrevistas que a Secretária Anaci Paim deu à imprensa e acreditar que as aulas remotas estão acontecendo. “O ensino remoto não aconteceu em 2020 e caminha para não acontecer em 2021”, desabafou.

Foi publicada no dia 26 de fevereiro, a resolução do Conselho Municipal de Educação que orienta a retomada e continuidade das atividades pedagógicas nas escolas da Rede Municipal de Educação e aquelas que são conveniadas ao sistema municipal. O documento regulamenta o retorno às atividades de forma não presencial em decorrência da pandemia pela Covid-19. O termo autoriza, em caráter excepcional, a retomada das atividades pedagógicas de forma não presencial enquanto se estender a situação grave instalada pela pandemia, mas não é claro quanto a data de retorno, ou que tipo de plataforma digital será usada para alcançar todos os alunos de acordo com a necessidade de cada um.  “A aprovação dessa resolução é fruto do diálogo que estamos construindo há alguns meses com o Conselho Municipal de Educação e representa uma etapa fundamental para a nossa retomada pedagógica que vem sendo planejada considerando principalmente a biossegurança e o acesso de todos os estudantes da Rede Municipal”, observa Anaci Paim. Vale ressaltar que a Prefeitura precisa cumprir o prazo da lei federal 14.040 que estipula até 31/12/21 o limite para realizar toda a carga horária 2020/2021.

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Feira de Santana / 01 de março de 2021 - 11H 18m

Diretor do Hospital de Campanha de Feira critica convocação para manifestação: irresponsabilidade muito grande

Diretor do Hospital de Campanha de Feira critica convocação para manifestação: irresponsabilidade muito grande
Francisco Mota: Uma manifestação que vai reunir pessoas é uma irresponsabilidade muito grande.

Com o decreto de ampliação do lockdown publicado pelo governador Rui Costa (PT) e apoiado pelo prefeito Colbert Filho (MDB), empresários e comerciantes organizam protestos contra a medida, nesta terça-feira (02), com saída prevista do Shopping Boulevard e destino final em frente à Prefeitura de Feira de Santana.  Intitulado “Protesto Trabalha Feira”, o grupo está convocando vias redes sociais os comerciantes feirenses. Eles se mostram contrários à medida que restringe atividades comerciais consideradas não essenciais na Bahia.  O governador alega que a medida é uma tentativa de evitar o avanço da covid-19 no Estado. O diretor do Hospital de Campanha de Feira de Santana, Francisco Mota criticou o protesto. “Uma manifestação que vai reunir pessoas é uma irresponsabilidade muito grande. Quero lembrar que o Hospital de Campanha continua cheio, só para vocês terem ideia o perfil de paciente antes a gente tinha sempre doentes acima de 60 anos com hipertensão, diabetes e obesidade, hoje 70% dos pacientes tem menos de 60 anos, então evitem essas aglomerações, evitem esse tipo de manifestação, isso não vai ajudar em nada”, disse em entrevista coletiva nesta segunda. Os empresários protestam contra o decreto que limita o  funcionamento de restaurantes e bares onde fica restrito à operação de portas fechadas, na modalidade de entrega em domicílio (delivery) até às 24h entre 1º de março até as 05h de 3 de março de 2021. Após este período, o decreto institui que até o dia 8 de março de 2021, restaurantes, bares e congêneres deverão encerrar o atendimento presencial às 18h, permitidos os serviços de entrega em domicílio (delivery) de alimentação até às 24h. A comercialização de bebidas alcoólicas está permitida a partir desta segunda-feira (1º).

Feira de Santana / 22 de fevereiro de 2021 - 16H 29m

Exclusivo: Auditoria no transporte pode expor dados que a Prefeitura de Feira não quer revelar 

O transporte coletivo de Feira de Santana é alvo de frequentes reclamações, tanto dos usuários, quanto dos empresários do setor. Uma realidade que a Prefeitura Municipal ignora e, ao que parece, busca esconder, já que há cerca de dois anos se recusa a tornar público um diagnóstico que poderia ajudar a melhorar a qualidade do serviço.

A história começou em 2018, quando a Prefeitura contratou uma empresa de consultoria e apoio técnico para realizar um estudo do equilíbrio econômico- financeiro do contrato de Concessão do Serviço de Transporte Coletivo Urbano. As empresas Rosa e São João são as responsáveis pelo transporte coletivo na cidade e solicitaram essa consultoria à prefeitura, sob alegação de estarem sofrendo prejuízos financeiros. A empresa Deloitte Touch Tohmatsu Consultores foi a vencedora da concorrência pública e contratada para o serviço, conforme consta no Diário Oficial do dia 9 de outubro de 2018. O valor total do contrato é de R$ 797.000,00, dos quais, foram pagos R$ 238 mil em junho de 2019, segundo dados do portal da transparência.

De acordo com o contrato, o serviço deveria ter sido realizado em um prazo de 6 meses e apresentado às empresas e à população pela prefeitura. Mas, não foi o que aconteceu. O vereador Jhonatas Monteiro (PSOL) suspeita que a empresa contratada pela prefeitura para realizar a auditoria no transporte não o fez. Por conta dessa desconfiança, o edil apresentou no início de fevereiro um requerimento na Câmara Municipal cobrando acesso ao resultado do estudo. Entretanto, o documento foi rejeitado pela maioria dos vereadores. A conclusão da auditoria deveria ter sido divulgada desde julho de 2019, segundo o requerimento do vereador.

Outro interessado no resultado da consultoria, Marco Franco, diretor administrativo da empresa São João, revelou ao Blog do Velame que nunca teve acesso a nada referente ao trabalho realizado pela Delloite. “Já solicitamos esse acesso apenas as informações, critérios e resultados utilizados pela Delloite, mas infelizmente nunca tivemos uma única informação seja pela Delloite, seja pela Prefeitura de Feira de Santana”, lamentou.

Marco acredita que os dados coletados pela Delloite não agradaram a prefeitura. “O bom senso nos leva a crer que os primeiros resultados da auditoria não foram satisfatórios à administração pública municipal. Qual o motivo de manter essas informações fechadas? Aliás entendo que pode ser considerado algo ilegal, já que é uma informação pública, contratada e paga pelo erário”.

Já o secretário de Planejamento, Carlos Brito, alega que uma comissão da Secretaria de Transportes e Trânsito não concordou com a metodologia da Delloite e por isso nada ainda foi divulgado. “O trabalho não foi concluído. A prefeitura não validou o Relatório 3. Não concordamos com a metodologia aplicada pela consultoria. Por esta razão o trabalho não foi concluído”, disse em entrevista ao Blog do Velame.

Brito não soube informar do que se trata o relatório 3 e disse ainda que foi pago pelo contrato apenas o que foi validado, e que ele só será quitado na integralidade depois da validação de todo relatório. Sobre o prazo de conclusão dos trabalhos, ele avaliou que a pandemia e eleição atrasaram o processo. “Com a volta do secretário de transportes que está de férias, acredito que tem que se resolver, desse jeito não pode ficar”, informou.

Um dos argumentos das empresas Rosa e São João para justificar o desequilíbrio financeiro é a falta de passageiros. Segundo as empresas, no edital de licitação a Prefeitura de Feira prometia quase de 2,5 milhões de passageiros mensalmente na cidade. Porém, ao implantarem o serviço não foi isso que encontraram. Marco Franco acredita que em números estimados, as empresas tem demanda de aproximadamente 582 mil passageiros pagantes a menos por mês do que foi informado no modelo de planilha de custos tarifário do edital. Esse deficit gera um prejuízo estimado para as empresas de aproximadamente 15 milhões anuais.

O próprio Brito concorda que pode ter havido uma estimativa acima da média no edital. “Eles tem razão em questionar o número de passageiros, mas isso não significa que exista um desequilíbrio financeiro. Existem outras variáveis que precisam ser melhor discutidas, já que com menos passageiros eles não precisam operar em sua totalidade”, argumentou.

O diretor da São João alerta que justamente por conta desse impasse é que foi contratada uma empresa especializada. “Sim, de certa forma isso é parcialmente correto. Obviamente que em decorrência dessa diminuição no numero de passageiros e consequentemente da receita, a oferta também foi reduzida ao longo do período, mas nem de perto a redução dos custos foi na mesma proporção da diminuição da receita estimada. Por isso a necessidade da contratação de uma empresa com experiência, credibilidade, know-how e independência para avaliar todo o cenário, quantificar esse possível desequilíbrio a acima de tudo propor soluções para os problemas apresentados”, alegou Marco.

Saulo Figueiredo, Secretário de Transporte e Trânsito foi procurado pela reportagem, mas está de férias e diagnosticado com covid-19 e por isso se encontra em isolamento. Procurada pelo Blog do Velame, a Deloitte não quis se pronunciar. “Em razão de compromissos de confidencialidade e ética profissional, a Deloitte não comenta a respeito de seus clientes ou de empresas do mercado”, limitou-se a dizer através da assessoria de imprensa.

Feira de Santana / 17 de fevereiro de 2021 - 16H 09m

Mesmo com a pandemia, projeto Feira Sound System resiste

Fazer música e viver de cultura no Brasil já é sinônimo de resistência e, na pandemia, isso está longe de ser diferente. Mas o Feira Sound System que, desde 2018, já se tornou uma tradição na Princesa do Sertão, continua se reinventando. E a edição de 2021 promete: no mês de março, o evento ocorrerá de forma virtual e reunirá grandes artistas da cena local. Pra quem ainda não conhece, o “Feira Sound System” é um festival de música focado na difusão da cultura reggae regional e, além disso, reúne vários DJ’s, os chamados seletores, além de MC’s e B-Boys, dançarinos que animam ainda mais o projeto, típicos da chamada Cultura Sound System. Em 2018, foram realizadas as duas primeiras edições, uma no Zabumbar e outra no Beco da Energia, que se transformou em um verdadeiro celeiro cultural na cidade. Nessas edições, participaram importantes nomes do movimento, como o grupo Roça Sound, Magnata King Fyah, o produtor musical Lerry e nomes da nova cena do reggae feirense, como Jôh Ras, Toin Jornal e Gelmix. De lá pra cá, o projeto conseguiu influenciar iniciativas semelhantes em vários bairros e localidades periféricas de Feira, mostrando cada vez mais a sua força. Em 2020, já na pandemia, o movimento continuou resistindo e produziu uma terceira edição, o “Feira Sound Sytem Live Sessions”, reunindo artistas locais, com composições autorais inéditas e que acabou se transformando em um EP, produzido pelo Crossover Estúdio e gravado individualmente pelos músicos, em razão da pandemia do novo coronavírus. A iniciativa também ganhou um registro audiovisual, que está disponível no canal do YouTube do evento. Novamente com realização do Crossover Estúdio, o IV Feira Sound System também ocorrerá virtualmente, entre os dias 05 e 06 de março pelo YouTube e contará com uma programação formada por dez artistas feirenses que dialogam com a Reggae Music. Com apresentação de Ludimila Barros, esta edição busca trazer mais diversidade e respeito às minorias, com mais artistas mulheres, além de ter em sua grade, pela primeira vez, uma mulher trans, a cantora Bruna Vicci. A curadoria do festival é realizada pelo produtor musical LERRY e pelo anfitrião e músico DJ BOMANI (Band Spear) que, há pelo menos 10 anos tem relação com a cena reggae de Feira e já atuou com importantes artistas, como Jorge de Angélica, Monte Zaion, JardaFire e a Profecia, dentre outros. É importante ressaltar que o projeto foi aprovado pelo Edital de Chamamento Público nº 06/2020 – Seleção Pública para Patrocínio a Festivais Culturais e tem apoio financeiro da Prefeitura de Feira de Santana, através da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, via Lei Aldir Blanc, direcionado pela Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo do Governo Federal. O evento começará a partir das 19h, com duração de 02 horas por dia e contará com convidados especiais como Gilsan Reggae Man e o B-Boy Edy Murphy – Mete Dança. As atrações musicais serão alternadas com entrevistas entre os participantes, trazendo vivências e histórias da formação e desenvolvimento da cultura reggae em Feira de Santana.

Feira de Santana / 16 de fevereiro de 2021 - 12H 03m

Colbert pode ser obrigado a trocar secretário por falta de liberação de Rui Costa

A Secretaria de Transporte e Trânsito de Feira de Santana vive um impasse. O atual Saulo Pereira Figueiredo, que é Policial Militar, ainda não foi liberado pelo Governador Rui Costa para continuar à disposição da Prefeitura de Feira de Santana.  Apesar a ausência da liberação, Saulo foi nomeado pelo prefeito Colbert Filho em 3 de janeiro de 2021. Em 4 de fevereiro,  foi publicado no Diário Oficial um decreto comunicando férias do secretário, o que seria uma forma de ganhar tempo para resolver a situação. O Governo Estadual alega que Saulo já esgotou o limite de licenças possíveis. O Blog do Velame apurou que o impasse está sendo considerado uma retaliação por membros do executivo municipal. Os deputados Zé Neto e Robison Almeida, ambos do PT, estariam atuando politicamente para barrar a liberação como forma de vingança. Os petistas alegaram em entrevistas que a atuação do secretário interferiu no resultado da eleição municipal ao realizar operações de fiscalização para apreender veículos particulares na zona rural de Feira no dia 29 de novembro, data do segundo turno, quando Zé Neto foi derrotado por Colbert. A expectativa é que Saulo seja substituído após o retorno das férias.

Câmara de Feira / 10 de fevereiro de 2021 - 11H 50m

Presidente da Câmara diz que advogado expõe sua família e grava conversa de forma ilegal

O presidente da Câmara de Feira de Santana, vereador Fernando Torres (PSD), denunciou, nesta quarta-feira (9), ter sido vítima de gravação ilegal e divulgação do conteúdo em redes sociais, por parte do advogado Hércules Oliveira, a quem criticou em plenário, esta semana. “Liguei para ele com o objetivo de esclarecer um fato, que ele teria apresentado em uma entrevista, de que eu teria brigado e até ameaçado o meu pai com uma arma, além de ter me chamado na imprensa de cheirador de pó”, diz o vereador. Em uma primeira tentativa, o advogado não atendeu, mas “armou a gravação quando lhe telefonei pela segunda vez”.  Na ligação, Fernando chegou a chama do advogado pra resolver a briga na mão ou na bala. Ele admitiu ter ficado tenso, principalmente pelo advogado ter envolvido o pai dele, de 86 anos, na discussão. “Queria apenas esclarecer essa história de briga com meu pai, que nunca existiu, mas ele, como torturador, conseguiu me abalar psicologicamente e acabei lhe xingando”. O presidente considera encerrado o assunto: “ele não é um vereador, uma autoridade, uma liderança popular. Somente voltarei a tratar aqui se for para me defender. Não é local para este assunto, que se tornou pessoal. Talvez o espaço adequado seja a Justiça”.

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Personagens de Feira / 10 de fevereiro de 2021 - 07H 00m

PERSONAGENS DE FEIRA: O escritor feirense que descobriu o talento no WhatsApp

Por Rafael Velame

As crônicas dele deveriam ser leitura obrigatória para quem quer entender Feira de Santana de verdade. Alan de Sá, feirense formado em jornalismo, é uma promessa da literatura. Criado no Parque Lagoa Subaé, bairro pobre onde a realidade bateu na porta logo cedo, viu conhecidos morrendo por causa do tráfico. Uma realidade que moldou a sua visão de mundo. Talvez por isso, seus textos sejam marcados por excessos – de palavrão, de sarcasmo e de duras verdades. Do primeiro livro lido, somente aos 15 anos, até se descobrir escritor, por conta de um grupo de WhatsApp, aos 18, Alan sabe que seu destino poderia ter sido diferente. Viveu as dificuldades de ajudar a mãe que foi ambulante na Salles Barbosa e lá passou a conhecer pessoas, perceber trejeitos e ver como era o que ele chama de “feirense médio”. Vivências que virariam crônicas publicadas e muito compartilhadas no Facebook. Atualmente Alan trabalha em uma grande agência de publicidade em São Paulo e, apesar das dificuldades, já publicou “Marani”, seu primeiro romance e a obra de suspense e terror “Lago Aruá“. Paralelamente ele defende o movimento literário Sertão Punk, que você vai conhecer melhor na entrevista abaixo onde assuntos como racismo no meio literário e afrofuturismo também são abordados. 

Quando surgiu o desejo de ser escritor? Como você se descobriu escritor?

Foi um processo meio estranho e demorado. Eu comecei lendo tarde, li meu primeiro livro na vida aos 15 anos, ainda no ECASSA. Me apaixonei pela leitura nessa época, mas a escrita em si veio anos depois, já com 19 pra 20 anos. Nessa época eu já tinha terminado o ensino médio e não estava arrumando emprego, então passava muito tempo em casa. Acabei entrando em um grupo de Whatsapp junto com uma galera de vários estados do Brasil e todo mundo curtia as mesmas coisas que eu: filmes, séries, animes, livros, etc. Resolvemos fazer uma brincadeira de criar personagens pra cada um do grupo. A galera curtiu e decidimos criar uma história com todos. Eu era um dos responsáveis por juntar todas as histórias em uma só. Acho que foi mais ou menos por aí.

Onde foi criado em Feira, como foi a infância?

Eu nasci em Feira de Santana, mas passei uma parte da minha infância em São Paulo, até os oito anos. Meus pais já tinham uma vida estabelecida na cidade. Minha mãe era costureira e meu pai, pintor. Eles usavam as economias, dinheiro de FGTS, férias, essas coisas, pra construir a casa em Feira. Quando voltamos, em 2003, já tava tudo mais ou menos pronto. Daí em diante vivi a maior parte da minha vida no Parque Lagoa Subaé. 

A gente sempre foi pobre. Um pouco menos do que a grande maioria das pessoas pobres do Brasil, porque tínhamos nossa própria casa, minha mãe trabalhava com carteira assinada, meu pai tinha o emprego dele, mas nada nunca foi realmente fácil. Já passamos por vários apertos na vida, mas sempre estávamos ali um pelo outro, todo mundo se ajudava como podia e até hoje é assim. Por um tempo, o Parque Lagoa foi um bairro mais perigoso do que é hoje. Vi muitos pivetes morrerem cedo demais por causa de droga, facção, crime. Gente de 12, 15 anos, que nem tiveram tempo de mudar de caminho e ter alguma oportunidade, como eu tive. Isso moldou muito da minha visão de mundo, porque o pensamento coletivo ficou ainda mais forte na minha mente. 

Eu sempre curti desenhar e isso era um passatempo massa pra mim. Depois de um tempo trabalhando como costureira, minha mãe comprou uma barraca na Salles Barbosa em 2007, que existia até o dito cujo do prefeito resolveu derrubar pra favorecer empresário mineiro e acabar com o sustento e a história de milhares de pessoas na cidade. Lá foi que comecei a aprender os caminhos do centro, conhecer pessoas, perceber trejeitos das pessoas e ver como era o “feirense médio”. Sempre que ficava com a coroa, e quando a gente conseguia vender alguma coisa, pegava uma parte da grana e juntava pra comprar materiais de desenho na Maskat e na banquinha de jornal em frente a Prefeitura. Isso me fez querer trabalhar com design por muitos anos. Acabei fazendo Jornalismo na FAT. Coisas da vida, né. Mas não me arrependo de maneira alguma. 

Fiz o final do fundamental 1 no Luciano Ribeiro Santos, uma escola municipal lá no Parque Lagoa mesmo. Depois, fui pro ECASSA, onde fiquei até o fim do ensino médio. Quando entrei, Artemízia ainda era a diretora, botava medo até na galera do terceirão. Foi lá também que fiz meus melhores amigos, que estão comigo há anos e já são parte da família, verdadeiros irmãos que ganhei com a vida, mesmo tendo, também, meus irmãos de família. Bati muito de frente com Lúcia Branco, diretora da escola, por conta de várias e várias situações de descaso da gestão da escola com o próprio patrimônio e a educação. Já fiz abaixo assinado pra tirar ela de lá, brigamos muito e, até a última vez que fui lá (em 2018, não lembro), ela sequer olhava na minha cara direito. Ainda bem. 

Por que foi pra São Paulo?

Eu trabalhava com publicidade numa agência de Feira, tinha acabado de terminar a faculdade. Não tinha muitas pretensões de sair, porque, bem ou mal, eu gosto de Feira. Mas aí uma vizinha viu uma publicação de um processo seletivo pra jovens criativos de uma agência de São Paulo, a Wieden+Kennedy. Até então, não conhecia nada da agência, mas depois descobri que se tratava de uma das maiores e mais relevantes do mundo, responsável por várias campanhas icônicas pra Nike. Resolvi tentar. Depois de um mês de processo seletivo, fui um dos selecionados pro programa. Além de mim, mais duas pessoas da Bahia entraram: Caíque, fotógrafo de Madre de Deus; e Larissa, estudante de jornalismo da UFBA, mas que é natural de Uruçuca. No total foram seis: tinham mais duas pessoas de Brasília (Lara, publicitária; Luiz, fotógrafo e diretor de arte) e Taís, ilustradora de São Luiz, no Maranhão. 

A gente passou nove meses trabalhando na Wieden+Kennedy, aprendendo sobre publicidade e fazendo projetos internos, enquanto morávamos num hostel. Foi um período bem intenso, com vários altos e baixos pelo caminho. Foi durante esse período que vi o quanto o mercado aqui era mais organizado que Feira, além das oportunidades de crescimento serem maiores. Resolvi ficar pra ter uma grana a mais e poder ajudar meus pais. Hoje, trabalho em outra agência, FCB Brasil, que também é uma empresa global e bem grande na área. No fim das contas, deu tudo certo. 

O que é o Sertãopunk?

O sertãopunk é uma ideia. É mais fácil começar por aí. Uma ideia de como o Nordeste pode ser no futuro a partir de um ponto de vista nordestino. O sertãopunk começou depois de mim e mais dois amigos, Alec Silva e Gabriele Diniz, que também são escritores negros e nordestinos, levantarmos alguns questionamentos sobre como o a cultura da região era representada nas produções de ficção, fossem elas livros, filmes, séries, artes visuais, etc. Porque sempre o nordestino como, ou cangaceiro, ou matuto? Por que a estética da seca sempre atrelada ao Nordeste? Foi a partir de questionamentos assim que a gente começou a pensar no sertãopunk. 

A gente tem uma região rica em biodiversidade, produção de energia limpa, com polos de tecnologia e geração de renda bem estabelecidos, a única baía inteiramente navegável do mundo (a Baía de Todos os Santos), alguns dos maiores portos do Brasil, fora toda a diversidade cultural, mais de 1900 territórios quilombolas, centenas de tribos indígenas e presença constante nas maiores e mais relevantes revoltas populares da história do Brasil. O Nordeste não é só o carnaval de Salvador, seca e Lampião. 

Foi pra isso que pensamos o sertãopunk, pra ser uma ideia pra todo mundo que quer se expressar contra esses estereótipos e xenofobia construídos historicamente. Através de qualquer tipo de arte: música, grafite, literatura, o que for. A partir daí, dar uma nova cara pras possibilidades de Nordeste no futuro. 

Quais livros já publicou?

Publiquei Marani, meu primeiro e único romance, até então, em 2017. Em 2019 lancei O Lago Aruá via financiamento coletivo pelo Catarse, mas esse é menor, entre um conto e uma novela. Entre esses dois eu participei de alguns projetos coletivos com autores de vários estados do Brasil, além de colocar coisas avulsas na Amazon, no total. No total, são umas 10, 12 publicações. Meu último lançamento foi Abrakadabra, em 2020, direto na Amazon e já dentro da estética do sertãopunk. Além, é claro, da coletânea Sertãopunk: histórias de um Nordeste do amanhã, que traz o manifesto do movimento, além de artigos sobre pontos relevantes sobre o que a gente pensou e dois contos, um meu (Schinzophrenia) e o outro de Gabriele Diniz (Os olhos dos cajueiros), co-criadora do sertãopunk. 

É difícil chegar até uma editora e publicar seu primeiro livro?

Existem diversos formatos de editoras por aí. Muitas usam um sistema de “pague pra publicar”, em que o autor paga por todo o processo editorial mais uma quantidade de livros, os caras fazem um trabalho meia-boca e depois somem, colocam o livro no site deles, nunca trabalham publicitariamente a obra, te fazem assinar um contrato criminoso e tu nunca vê a cor do dinheiro pelo teu trampo. 

E tem as editoras tradicionais. Essas, sim, são difíceis de acessar, porque elas possuem um processo editorial mais sério e não costumam apostar em autores iniciantes de cara, justamente por ser dela todos os custos de produção e divulgação da obra, além de bancarem um adiantamento dos direitos autorais pro autor. Pra chegar nessas, das duas uma: ou tu é branco (se for do Sul ou de São Paulo, melhor ainda); ou é muito, muito bom. 

Como foi o processo de criação do Lago Aruá?

O Lago veio depois de uma viagem que fiz com minha ex-namorada. Ela é de Salvador e a gente nunca tinha feito uma viagem junto. Uns amigos dela resolveram passar um final de semana numa casa na Lagoa do Aruá, na Reserva de Sapiranga, em Mata de São João. Resolvi ir com eles. Durante uns dois dias, algumas coisas meio bizarras aconteceram. Vi alí uma oportunidade de fazer uma história de terror a partir de um ponto de vista mais cru, que era o meu. Daí nasceu O Lago Aruá. 

Você se define um escritor de que tipo?

Eu gosto de escrever tipos diferentes de literatura. Tem minhas crônicas, que geralmente tem um formato mais engraçado e que eu falo mais da cidade e das pessoas. E meus contos, que quase sempre são de terror e suspense. 

Pro primeiro tipo de texto, eu sempre tento pensar “o que as pessoas fazem que ninguém percebe, mas que pode ser bom o suficiente pra virar um texto?” antes de escrever. Feira tem gente de todo tipo e isso é ótimo. Quanto mais diferente são as pessoas, mais fácil é de dar uma exagerada nas coisas e criar uma veia bem-humorada. Eu já fiz crônicas sobre o BRT, o velho do licuri e por aí vai. 

Com os contos eu já tenho outra pegada. Acho que a literatura de terror tem um poder de sintetizar coisas muito relevantes e gerar um outro tipo de impacto sobre as pessoas. Por exemplo: O Lago Aruá fala de uma viagem de fim de semana, mas também fala sobre preconceito religioso, racismo, relacionamentos conturbados, descaso com o meio ambiente e por aí vai. Abrakadabra é sobre uma experiência em realidade virtual, mas também fala sobre as dores que corpos negros carregam, a criação do estereótipo de incapacidade sobre pessoas com deficiências e outras coisas. Então eu tento pegar todas as porcarias que rodeiam a gente e mostrar isso de uma forma que vai impactar a galera, nem que seja pelo susto ou pelo medo. 

Feira de Santana te inspira de alguma forma em suas obras? Seja positiva ou negativa….

Sim, com certeza. Pra ambas. Eu gosto de Feira de Santana, por ser uma cidade com gente de todo o canto, em que a cultura popular tem uma força enorme na fundação do tipo feirense e por aí vai. O que eu não gosto é de quem gere a cidade, desses coronéis de meia-tigela que tratam Feira como se fossem a casa deles. Você sabe de quem eu tô falando. A experiência negativa vem daí: da violência que desgraça a cidade, a falta de estrutura social, saúde e educação públicas de qualidade, entre outros vários problemas. Isso também me inspira porque não posso deixar os problemas da cidade alheios ao que eu faço. 

Quando a gente, que produz algum tipo de arte, seja literatura, música, artes visuais, o que for, não aponta as doenças sociais, estamos negando que elas existem. Não tem essa de “arte sem politicagem”, a arte é política e o ser humano é um ser político. Política não é só partidária. Se não contextualizamos as coisas e mostramos os erros da sociedade, somos coniventes. Isso legitima que isso continue acontecendo. 

Existe racismo na literatura brasileira? Você já sentiu isso na pele?

O racismo brasileiro é estrutural. Ele sempre vai estar presente em qualquer lugar porque a nossa sociedade foi fundamentada assim, com racismo. O meio literário não é diferente. No meu caso, principalmente depois que começamos a trabalhar no sertãopunk, houveram situações que não só minhas falas, quanto as de Alec e Gabriele, que são também negros, foram desvalorizadas e apagadas por pessoas brancas. De forma intencional. 

Uma das bases pro sertãopunk é o afrofuturismo, justamente porque a gente entende o peso que a cultura africana teve na história do Nordeste, não só por sermos negros, também. O fato de três negros e nordestinos questionarem várias atitudes do próprio mercado editorial, como nós fizemos – mercado esse que é inundado de pessoas brancas, bem de vida e, na grande maioria, do Sul e do Sudeste – gerou um incômodo no mercado e algumas inimizades que nos perseguem até hoje. 

Mas é aquela coisa, né: se gente ruim não gosta do que eu falo ou faço, eu fico feliz. 

É mais difícil ser reconhecido como escritor de sucesso sendo nordestino, de Feira de Santana?

É difícil ser escritor num todo, porque o mercado é uma bagunça daquelas. Quando a gente vai colocando as camadas minoritárias e sociais no jogo, vai ficando pior. Ser escritor, do interior do nordeste, pobre e negro é complicado. Mas se for uma mina nas mesmas condições, é ainda mais. Se for indígena, quilombola, ribeirinho, também. Por aí vai. Pra quem tá de fora pode até pensar que é “lacração” desnecessária ou exagero. Obviamente que existem, sim, grandes escritores nordestinos, negros e mulheres, também. Mas nessas horas, a gente tem que pensar no todo: qual a cor das pessoas que comandam as editoras, que editam as histórias, que trabalham com a divulgação delas e que fazem resenhas, reviews e por aí vai? Como funciona esses processos até chegar em uma editora ou no mercado? 

Quando tu tá no jogo, vê que muita gente (muita gente mesmo) entra no mercado sem qualquer mérito. Escrevendo mal, com posicionamentos questionáveis, mas que tá ali porque é amigo de não sei quem, parente de fulano, estudou na mesma faculdade que sicrano, etc. A a paleta de cores dessa brincadeira aí é branca. Hoje, não sinto tanto isso porque já tô mais estabelecido (e, curiosamente, a maior parte dos meus leitores são de fora do Nordeste). Mas, pra quem tá começando, é, sim, complicado. 

Acho que Feira de Santana tem um potencial de contação de histórias enorme. A gente tem história e tradição na literatura de cordel. Uma das primeiras coisas que li, antes do meu primeiro livro, foi um cordel, sobre Lucas da Feira, escrito por Franklin Machado, que tá em minha casa em Feira até hoje. O que falta é a própria cidade começar a olhar com mais atenção pra quem produz cultura em casa.

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Feira de Santana / 03 de fevereiro de 2021 - 17H 08m

Secretário feirense reconhece que profissionais de saúde podem ter recebido vacina de forma indevida

Em entrevista coletiva, o Secretário de Saúde de Feira de Santana, Edval Gomes, respondeu questionamento do Blog do Velame e explicou que não compactua com esse tipo de atitude e informou que aumentar a restrição pode ser a solução.

Câmara de Feira / 29 de janeiro de 2021 - 13H 33m

Novo Ouvidor diz que fará a Câmara de Feira se aproximar mais do povo

“A ouvidoria não é oposição nem situação, mas um órgão técnico auxiliar dos vereadores”. Com este entendimento, o ex-vereador Messias Gonzaga assumirá, em 1º de fevereiro, o cargo de Ouvidor da Câmara de Feira de Santana. Apresentado nesta sexta-feira (29) à imprensa, em entrevista coletiva no plenário da Casa, ele é indicação dos vereadores oposicionistas Jhonatas Monteiro (PSOL), Sílvio Dias e Professor Ivamberg, ambos do PT, acatada pelo presidente Fernando Torres (PSD). Militante histórico do PC do B na Bahia, com cinco mandatos de vereador no currículo e uma candidatura a vice-prefeito, Messias Gonzaga defende que é preciso a Câmara “aproximar-se do povo, saber o que deseja, suas reclamações, a fim de melhorar as ações (dos vereadores)”. Acredita que a Ouvidoria tem a missão de ouvir as queixas e denúncias da população e garante que os vereadores vão ter em mãos “um instrumento a mais para saber o que está acontecendo na cidade e, assim, definir o que é melhor para ela”. Este trabalho interativo, observa, permitirá aos legisladores a condição de melhor encaminhar pedidos (aos diversos segmentos responsáveis) e até mesmo mais qualidade ao elaborar projetos. Retornar à Casa da Cidadania, diz o ex-vereador, agora em uma função administrativa, “é uma emoção muito grande”. Agradecido aos que indicaram o seu nome e ao presidente, “meu querido amigo Fernando Torres”, ele revela que não passa mais por sua  cabeça a ideia de voltar a ser vereador. Nem mesmo pensava na possibilidade de compor, um dia, a administração da Câmara. “Mas quando me ligaram e me prestigiaram, também ao ser surpreendido com a receptividade dessa generosa imprensa, ao tomar conhecimento, aí já era caminho sem volta. Aceitei porque sei que será um grande desafio”. Há cinco anos e meio ocupando o cargo de coordenador do Inema (Instituto de Meio Ambiente, órgão do Governo do Estado),  ele está  afastado da política-partidária todo esse tempo. Messias acredita que a Câmara pode  “ajudar muito mais” a gestão pública de Feira” e conclamou aos vereadores mostrar a importância do Legislativo, um poder harmônico (com o Executivo e o Judiciário), mas independente. Sobre a estrutura da Ouvidoria, disse que é preciso apoio de servidores, espaço adequado de trabalho, com telefone, e-mail corporativo e o que mais for necessário para atender a população. “Isso está sendo montado e Fábio Lucena (ex-vereador e diretor da Casa) está me ajudando. O povo precisa saber que existe esse espaço oficial para formular suas denúncias”.

Câmara de Feira / 28 de janeiro de 2021 - 08H 17m

Vereador diz que vai lutar por uso de Pedra do Cavalo na irrigação

Vereador diz que vai lutar por uso de Pedra do Cavalo na irrigação
Foto: Trbn
A Barragem de Pedra do Cavalo, no leito do rio Paraguaçu, próximo dos municípios de Cachoeira e São Félix, recôncavo baiano, deve ser usada para irrigar a produção da agricultura familiar, em Feira de Santana. A proposta é do vereador Jurandy Carvalho (PL), apresentada em entrevista à Assessoria de Comunicação Social da Câmara. O estreante na Câmara defende que  o manancial também deve ser explorado na criação de peixe em cativeiro. Nascido no distrito Governador João Durval (antigo Ipuaçu), ele promete trabalhar duro para que o Poder Executivo viabilize  projetos irrigáveis na zona rural do município, aproveitando os recursos hídricos disponíveis. Diz que  embora o segmento seja responsável pelo alimento da população, se encontra “abandonado, sem incentivos”. A manutenção das estradas da zona rural de Feira, por exemplo, é algo que deve ir além das vias que ligam a cidade à sede dos distritos, assistindo com a mesma prioridade os corredores porque no curso deles há produção e comunidades. A zona rural, como um todo, assinala, enfrenta problemas com  saúde, educação, iluminação, segurança, cultura e lazer. Garante tratar desses temas nas diversas esferas governamentais, tanto municipal quanto estadual e federal. O vereador tem afinidade com os bairros Jardim Acácia, onde residem familiares e morou por 11 anos  quando chegou a Feira para estudar, e  Tomba, pela amizade com muitas pessoas dali. Mas pretende ampliar o raio de ação do seu mandato por toda a cidade. Confessa que  o seu coração pulsa mais forte pela zona rural. Com quase metade dos seus 1.775 votos obtidos em João Durval, ele também é bem próximo de Tiquaruçu. Do mesmo modo, vai procurar assistir a todos os distritos. O cenário é anterior à pandemia e precisará da atenção governamental, quando retornarem as aulas presenciais. O ensino oferecido pela rede pública na zona rural de Feira de Santana tem estudantes de 10 a 16 anos dentro de uma mesma sala de aula, orientados pelo mesmo professor, revela Jurandy, que garante conhecer de perto a educação no campo,  e, segundo ele precisa melhorar em várias  questões. “Precisamos dar dignidade à população dos distritos”, anuncia, sendo este  um dos problemas que vai atacar, em seu primeiro mandato. Diz que já está em curso uma de suas propostas. Denominada Giro no Campo, consiste em um trabalho fora do gabinete com a verificação, in loco, das dificuldades enfrentadas pelos que residem longe da cidade:  “Vereador é para fazer leis, fiscalizar e cobrar, mas também ouvir as pessoas, tentar aproveitar o máximo possível das suas ideias”. No caso do homem do campo, deseja lutar para que sejam colocados em prática diversos projetos, especialmente no âmbito da agricultura, além de  mostrar aos secretários onde estão as carências, para  ajuda-los nas soluções. (Ascom)
Bahia / 27 de janeiro de 2021 - 10H 42m

Governo da Bahia busca novas alternativas de vacina contra a Covid-19

Em entrevistas à imprensa na manhã desta quarta-feira (27), o governador Rui Costa comentou a busca para conseguir novas vacinas e imunizar a população baiana contra a Covid-19. “Se depender do Estado da Bahia, teremos outras vacinas disponíveis. Estamos buscando alternativas para vacinarmos os baianos o mais rápido possível. Ontem entramos em contato com o fabricante de uma outra vacina chinesa, a Sinopharm, a fim de saber da disponibilidade para a compra. Essa é uma vacina que já concluiu os estudos e recebeu a aprovação definitiva para uso do órgão regulador chinês e está num estágio ainda mais avançando que a Coronavac, já aplicada no Brasil”, explicou.
Rui criticou a postura da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ao criar dificuldades para o uso da vacina russa Sputnik V sem o aval de técnicos do órgão – como pediu o governo da Bahia em documento ao Supremo Tribunal Federal (STF). “Eu não consigo entender essa insensibilidade com a vida humana da direção da Anvisa. Isso revolta a todos nós, porque estamos presenciando o sofrimento de pais, mães e filhos perdendo seus entes queridos que não conseguem entender tamanha insensibilidade de uma agência que deveria cuidar da vida humana.

O governador lembrou o incidente acontecido em março de 2020, quando a Anvisa barrou uma ação de medição de temperatura que seria realizada em passageiros vindos de São Paulo e Rio de Janeiro no Aeroporto Internacional de Salvador. “É um fato que demonstra como tem sido a postura da agência durante a pandemia, de pouco valor e respeito à vida humana, numa posição muito mais corporativa do que preocupada com a vida das pessoas”.

Volta às aulas

O governador reiterou o desejo de anunciar a volta às aulas, mas ponderou que ainda não é o momento. “Eu tenho duas filhas em idade escolar e tenho total consciência dos efeitos colaterais danosos à educação e à sociabilidade de nossa juventude o fato de não estar tendo aulas. Meu desejo é que possamos retornar o mais rápido possível, mas precisamos aguardar o momento correto. Desde novembro temos vivido um aumento no número de casos e de óbitos na Bahia. Para pensarmos numa data de retorno gradativo, precisamos ter esses números sob controle e num processo de queda. Estaríamos colocando a vida de nossas crianças, pais e avós em risco”.

Economia

Rui falou também sobre as perspectivas de enfrentamento da crise econômica causada pelos efeitos da pandemia na Bahia em 2021. “Esse será um ano ainda mais difícil que o de 2020. Com o agravamento da crise econômica e o fechamento de empresas, como temos visto em todo o país, teremos menos arrecadação e mais dificuldades. Mas quero dizer aos baianos que nós estamos preparados. Desde o ano passado, já tínhamos a concepção que esse ano seria mais apertado e conseguimos melhorar nossa performance financeira do ponto de vista de equilíbrio das contas e viramos o ano com uma nota melhor da avaliação do Banco Central e do Ministério da Fazenda. Vamos continuar lutando”.

Carnaval

O governador comentou ainda a decisão conjunta do Governo do Estado e da Prefeitura de Salvador, anunciada na terça-feira (26), de que não haverá ponto facultativo nas datas em que seria comemorado o Carnaval deste ano. “Como obviamente não teremos festas e eventos por conta da pandemia, não teremos esses dias de folga. Nosso objetivo é evitar aglomerações, viagens e festas, ferry-boats e ônibus cheios, viagens para o interior lotando lugares de praia, para impedir uma explosão ainda maior no número de casos”, destacou.
Bahia / 21 de janeiro de 2021 - 09H 47m

Rui classifica de “desastrosa” a condução da política externa brasileira na pandemia para a garantia das vacinas

Em entrevistas à imprensa na manhã desta quinta-feira (21), o governador Rui Costa avaliou como positiva a logística de distribuição da vacina contra Covid-19 na Bahia, já que as doses chegaram aos 417 municípios do estado. Para Rui, a grande dificuldade estaria na garantia de novas doses pelo governo federal, que vem conduzido a pandemia de forma “desastrosa” e tem criado problemas com países chave nesse processo, além da burocracia da Anvisa para autorizar a aquisição de outros tipos de imunizantes. “Hoje, o grande problema se deve à condução desastrosa tanto da pandemia como da política externa pelo governo federal que vem insistentemente agredindo países como a China e a Índia (produtores de vacinas e insumos). Também ameaçou o novo presidente dos Estados Unidos, depois de eleito com ameaça do uso da pólvora. O povo brasileiro está pagando um preço alto por isso”, disse o governador, lembrando que, ao contrário de agora, ao longo de muitos anos o Brasil sempre foi referência mundial em vacinação. Rui ressaltou ainda que o Governo da Bahia está trabalhando, inclusive judicialmente, para ter, em breve, outros lotes de vacina. “Se não for a Coronavac, pode ser outro tipo de vacina, como a vacina russa”. Segundo o governador, não existe razão para a Anvisa se negar a analisar a documentação dos testes da fase 3 feitos em outros países. Rui lembrou que a Bahia tem um contrato com o governo russo para adquirir a Sputnik, antes mesmo de outros países da América do Sul terem comprado, mas só pode importar quando a Anvisa autorizar sua aplicação. “Não faz sentindo comprar a vacinar e ficar guardada, sem poder utilizar na população”.
Câmara de Feira / 13 de janeiro de 2021 - 15H 47m

Ex-presidente da Câmara de Feira mente ao dizer que nunca negou informação à imprensa

O ex-presidente da Câmara de Feira de Santana, o vereador José Carneiro Rocha (MDB), se pronunciou acerca da polêmica envolvendo a empresa Esfera Produção e Eventos, contratada para prestar serviço terceirizado à Casa da Cidadania. O atual presidente da Câmara, vereador Fernando Torres (PSD), afirmou em coletiva que a empresa recebia R$ 3 mil de repasse por funcionário e os servidores só recebiam cerca de R$ 800. Em entrevista ao radialista Luiz Santos, o emedebista se defendeu dizendo que toda contratação foi feita com licitação e quem entender que existe algo errado deve procurar o Ministério Público. Questionado sobre o valor mensal pago à empresa ele se fez de desentendido. “Não me recordo exatamente, mas é um valor considerável baseado no edital de uma licitação e todas as pessoas recebiam através da empresa”, disse.  O Blog do Velame apurou que o valor médio pago mensalmente para a Esfera era de R$ 205 mil.

Ainda na entrevista, o ex-presidente afirmou que nunca deixou de dar uma informação a imprensa “seja ela qual for, se era benéfica a mim ou não, eu sempre estive tranquilo para dar informação”. A afirmação de Zé Carneiro não condiz com a realidade. O Blog do Velame e o projeto Dados Abertos de Feira fizeram pedidos de informações relacionadas a empresa Esfera e referentes aos dados coletados pelo painel eletrônico e nunca obteve resposta da presidência. Além disso, desde janeiro de 2020 o Blog do Velame tenta ter acesso a lista de presença dos edis nas sessões referentes aos anos de 2018 e 2019, sem sucesso.

Zé Carneiro também revelou que foi contrário a decisão de congelamento do salário dos vereadores em 2021. O reajuste foi aprovado durante a gestão dele. “Eu fui um dos que defendi o aumento, não sou homem de fazer média com ninguém. Fui um dos que aprovou a lei, no entanto tem gente que acha que vai se eleger com isso daqui 4 anos e talvez queira criar um fato, o objetivo disso eu não sei. É direito de cada um se a maioria decidiu que deve congelar por mais um ano, já tem 12 anos congelado, vai pra 13, não tem dificuldade nenhuma”, disse demonstrando insatisfação.

 

Riachão do Jacuípe / 09 de janeiro de 2021 - 08H 36m

Prefeito de Riachão do Jacuípe expõe em praça pública veículos destruídos pela antiga gestão

Prefeito de Riachão do Jacuípe expõe em praça pública veículos destruídos pela antiga gestão
Na frota apresentada existem carros com menos de três anos de fabricação sem condições de uso. Fotos: Guilherme Mascarenhas

O prefeito de Riachão do Jacuípe, no estado da Bahia, tomou uma decisão inusitada ao assumir a prefeitura e encontrar a frota de veículos praticamente toda destruída pela gestão anterior. Carlos Matos, do Democratas, colocou todos os veículos na praça Matriz do município, para toda a população conferir de perto a situação. Desde que venceu as eleições e começou a transição de governo, o prefeito eleito já dava entrevistas afirmando que a situação em que se encontrava o município era caótica.

Ao começar a chegar os carros, os munícipes se surpreenderam com o estado dos veículos. Muitos com menos de três anos de fabricação e sem condições de uso. Carros com motor batido, capotados, ônibus do transporte escolar com pneus carecas e sem baterias, além dos maquinários utilizados em serviços essenciais. Multas e IPVA atrasados também são problemas para serem resolvidos.

O prefeito afirmou apresentou relatório nesta sexta-feira, 8, com todos os detalhes de como encontrou a prefeitura. Os veículos ficarão em exposição até o sábado, 9, e todos os detalhes dos problemas estarão expostos nos vidros.

No município de Serra Preta, o prefeito Franklin Leite, também do Democratas tomou a mesma atitude. Clique AQUI e veja como o democrata encontrou a cidade. 

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